Data:
04/03
Metodologia:
Para
tanto nos serviremos do seguinte texto:
As Mulheres Artistas do Renascimento
O número de mulheres pintoras na Europa entre
os séculos XV e XVIII era muito pequeno. A principal razão disso é que os
preconceitos sociais da época não permitiam que as mulheres perseguissem
livremente suas carreiras artísticas, mesmo sendo talentosas. Além disso, não
se dava suficiente atenção às mulheres pintoras naquele período.
Entretanto, desde a década de 1960 ou 70, há
uma tendência em resgatar a importância do trabalho dessas mulheres artistas, e
algumas delas são hoje mundialmente respeitadas e admiradas no mundo das artes.
As artistas femininas mais importantes do Renascimento foram as italianas
Sofonisba Anguissola (1532-1625), Catherine de Vigri (1413-1463), Lavinia
Fontana (1552-1614) - filha do artista Prospero Fontana - e Artemisia Gentileschi
(1593-1692) - filha do pintor Orazio Gentileschi.
Os papéis atribuídos pela sociedade às mulheres
na Europa, durante os séculos XV e XVIII, não lhes permitiu a independência de
seus pais ou maridos.
Isso afetou não apenas as artes, mas muitas
outras áreas do conhecimento. Devemos lembrar, por exemplo, que as mulheres
começaram a praticar a Medicina e o Direito na segunda metade do século XIX, e
que não receberam os mesmos direitos de voto que os homens até o início do
século XX. Como não era aceito que as mulheres pudessem trabalhar fora de casa,
era muito difícil para elas se formarem como artistas. O treinamento padrão
para pintores envolvia mudar para a casa de um pintor profissional aos doze
anos de idade, por um período de três a quatro anos. O aprendiz iria trabalhar
na oficina do mestre prestando assistência em questões práticas, em troca de
instrução profissional e educação básica. Isto não era aceitável para uma
menina naquela época. Outro problema relacionava-se à prática real necessária
para se tornar um pintor.
A partir do Renascimento, tornou-se primordial
aos aspirantes a artistas aprenderem a desenhar o corpo humano. Isso era feito
a partir de moldes de estátuas antigas, de impressões e também de modelos
vivos, geralmente nus. As mulheres foram proibidas de explorar essa técnica
porque não era conveniente que elas vissem um homem nu.
As poucas mulheres que se tornaram pintoras
conseguiram prosseguir nessa carreira por duas razões principais: ou eram
provenientes de famílias nobres que lhes permitiam uma liberdade excepcional
para a época, ou eram filhas de pintores que foram ensinadas em casa. Assim, ao
longo dos séculos XV e XVIII, pintoras mulheres eram realmente raras, não pela
falta de talento, mas de oportunidades.
A
aula será de leitura e interpretação coordenadas pelo professor. Em seguida os
alunos, com base no texto resolverão a um questionário.
Habilidade:
Apontar a construção da ideia de “Modernidade” e de seus impactos na concepção de História e identificar a ausência da mulher nas narrativas históricas tradicionais que foram organizadas nesse período.
Objeto de Conhecimento:
A
construção da ideia de modernidade e seus impactos na concepção de História.
Avaliação:
Resolução
no caderno das seguintes questões:
1.
Por que o número de mulheres pintoras na Europa entre os séculos XV e XVIII era
muito pequeno?
2.
Aponte as artistas mais importantes do Renascimento.
3.
De que forma a não independência de mulheres europeias frente a seus pais e
maridos entre os séculos XV e XVIII interferiu nas artes e em outras áreas do
conhecimento?
4.
"As poucas mulheres que se tornaram pintoras conseguiram prosseguir nessa
carreira por duas razões principais".
texto muito interessante
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