TEMA: A conquista da América
Nossa aula online e ao vivo foi, sexta-feira, 11/09/2020
UNIDADE TEMÁTICA:
A organização do poder e as dinâmicas do mundo colonial americano
OBJETO DE CONHECIMENTO:
A conquista da América e as formas de organização política dos indígenas
e europeus: conflitos, dominação e conciliação
CONTEÚDO:
A estruturação dos vice-reinos nas Américas
HABILIDADE(S):
(EF07HI08) Descrever as formas de organização das sociedades americanas
no tempo da conquista com vistas à compreensão dos mecanismos de alianças,
confrontos e resistências.
METODOLOGIA:
No
primeiro semestre estudamos que na região da Mesoamérica (que compreende o
México e parte da América Central) e na região andina (atual Peru)
desenvolveram-se três das maiores culturas pré-colombianas: os maias, incas e
astecas. Esses povos já habitavam a América antes da chegada dos europeus
(Espanhóis). Caso tenha alguma dúvida sobre a organização dessas sociedades
você poderá recorrer a esta atividade. Agora vamos compreender a conquista
espanhola com base na visão desses povos.
MATERIAL:
HERNÁN CORTÉS E A CONQUISTA DOS ASTECAS
A
conquista dos astecas foi um dos capítulos da conquista da América Espanhola
realizada após a chegada dos europeus nesse continente. Os astecas foram uma
civilização mesoamericana que habitava a região do atual México e mantinham sob
domínio de seu imperador, Montezuma, uma vasta população e vários territórios.
Expedição de Hernán Cortés e chegada ao México
A
conquista dos astecas foi um feito atribuído ao espanhol Hernán Cortés. Esse
processo iniciou-se no ano de 1519 quando Cortés partiu de Cuba com cerca de
500 homens distribuídos em onze embarcações. A historiadora Marianne Mahn-Lot
afirma que ele obteve o dinheiro para a expedição por um empréstimo.
A
expedição de Cortés tomou o rumo da Península de Iucatã e estabeleceu-se no
litoral mexicano onde ficava a cidade totonaca de Cempoala. Assim que se
instalou, Cortés recebeu inúmeros emissários do imperador asteca Montezuma. A
comunicação entre espanhóis e os emissários astecas era realizada por uma
intérprete nativa chamada Malinche, que falava nahuatl (idioma dos astecas) e
havia aprendido espanhol.
Os
contatos iniciais foram pacíficos e foram feitos por meio da troca de presentes
entre espanhóis e astecas. Durante as conversas, Cortés deixou claro as suas
intenções de ir visitar a capital asteca, Tenochtitlán. No entanto, o imperador
recusou-se a receber os espanhóis em sua cidade.
Marcha de Cortés rumo a Tenochtitlán
A
intenção de Cortés de seguir para Tenochtitlán começou a ser colocada em
prática por meio da diplomacia. Em seguida, Cortés conseguiu fazer uma aliança
com o povo totonaque, que estava submetido aos astecas e era obrigado a pagar
altíssimos impostos para o imperador Montezuma. Caso isso não acontecesse, os
astecas dizimariam as vilas totonacas. Cortés, então, convenceu os totonacas a
lutarem contra os astecas para que se livrassem dos impostos cobrados.
Pouco
antes de partir rumo à capital asteca, Cortés fundou a cidade de Veracruz nas
proximidades de Cempoala e partiu com cerca de 450 espanhóis e milhares de
guerreiros totonacas. Durante o trajeto, outro povo local, os tlaxcaltecas,
surgiu como obstáculo. Houve uma batalha entre os guerreiros de Cortés e os
tlaxcaltecas, que resultou na vitória dos espanhóis. Após a derrota, os
tlaxcaltecas foram convencidos a aliar-se aos espanhóis.
A derrota
dos tlaxcaltecas foi um baque para Montezuma. Eles eram uma tribo local que não
havia sido subjugada pelos astecas, portanto, eram independentes. O imperador
asteca tinha esperanças de que os tlaxcaltecas derrotassem os espanhóis. No
entanto, isso não aconteceu, e Cortés acabou ganhando um poderoso aliado.
A marcha dos
espanhóis seguiu e, em Cholula, houve um grande massacre de astecas. O chamado
Massacre de Cholula foi resultado de um suposto desentendimento entre astecas e
espanhóis nessa cidade. O resultado disso foi um grande número de astecas
mortos pelos espanhóis no templo religioso da cidade.
Após esse
evento, Montezuma autorizou a entrada dos espanhóis na cidade de Tenochtitlán,
em 3 de novembro de 1519. Os relatos espanhóis retratam o encantamento com a
grandiosidade das construções da capital asteca. Acredita-se que a cidade de
Tenochtitlán nessa época possuía uma população superior a 200 mil habitantes.
Desentendimentos e guerra contra os astecas
Os
contatos iniciais em Tenochtitlán foram pacíficos. No entanto, isso mudou.
Cortés precisou retornar a Veracruz, mas, antes, deixou Montezuma como refém na
posse de alguns de seus homens que ficaram em Tenochtitlán. Quando voltou à
capital asteca, Cortés encontrou a cidade em estado de rebelião após
desentendimentos entre os espanhóis que ficaram e os astecas.
A rebelião
forçou os espanhóis a fugirem da cidade. A fuga, no entanto, foi desastrosa e
metade da força de Cortés foi morta durante essa ação. Esse episódio foi
nomeado pelos espanhóis como La Noche Triste (A Noite Triste). Durante a
confusão de Tenochtitlán, o imperador Montezuma morreu depois de levar uma
pedrada no crânio. Após fugir, Cortés retomou os preparativos para reagrupar as
forças para a conquista de Tenochtitlán. O cerco à cidade foi realizado por
inúmeros barcos construídos pelos espanhóis, uma vez que ela estava em uma ilha
localizada no meio do lago Texcoco.
A capital
asteca estava enfraquecida por causa de um surto de varíola e foi conquistada
após combates violentos. Com a queda da capital, as outras cidades astecas
foram sendo progressivamente dominadas pelos espanhóis. Cortés foi instituído
pelo rei espanhol, Carlos V, como vice-rei da Nova Espanha.
Causas da vitória espanhola
Os
astecas eram uma civilização extremamente avançada e com uma organização social
complexa. A vitória dos espanhóis foi vista com surpresa, pois, em termos de
número, a força espanhola era muito menor que a asteca. No entanto, os
historiadores atribuíram três razões que ajudam a entender como foi construída
a vitória dos espanhóis:
• Superioridade armamentícia: os espanhóis
possuíam armamentos muito superiores em comparação aos nativos. O destaque vai
para os canhões, as balestras (também conhecidas como besta) e o cavalo (não
existiam cavalos na América);
• Doenças contagiosas: o contato dos nativos
com o espanhol trouxe aos nativos uma série de doenças para as quais eles não
possuíam anticorpos. A varíola, em especial, foi a mais mortal e dizimou
populações indígenas inteiras em várias partes da América;
• Alianças: a política de Cortés de aliar-se
com outros povos indígenas inimigos dos astecas foi muito eficaz, pois
fortaleceu suas fileiras de combatentes e permitiu-lhe conhecer o inimigo e a
região.
SILVA,
Daniel Neves. "Hernán Cortés e a conquista dos astecas"; Brasil
Escola.
Disponível
em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/hernan-cortes-conquista-dos-astecas.htm.
Acesso em 19 de agosto de 2020.
ATIVIDADE AVALIATIVA:
A atividade avaliativa dessa aula que compõe o portfólio 01 está
disponível no GR8 à Ambiente Virtual à Atividades postada pelo Prof. Jairon
Alves.
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