Aula 78 A conquista da América Profª Laura Portfólio 02

TEMA: A conquista da América Portfólio

 

Nossa aula online e ao vivo foi, sexta-feira, 18/09/2020 às 14:40h

 

Por questões técnicas do Teams, essa aula não foi gravada.

 

UNIDADE TEMÁTICA:

A organização do poder e as dinâmicas do mundo colonial americano

 

OBJETO DE CONHECIMENTO:

Resistências indígenas, invasões e expansão na América portuguesa

 

CONTEÚDO:

Povos e etnias dos povos originários da América Portuguesa

 

HABILIDADE(S):

(GO-EF07HI09-A) Identificar as nações indígenas originárias no período pré-colonial do Brasil e estabelecer relação com as nações indígenas na atualidade, refletindo sobre os contatos entre povos europeus e indígenas, conflitos e resistências no passado e no presente.

 

METODOLOGIA:

 

 

MATERIAL:

Leia o texto a seguir:

 

Conflitos entre europeus e indígenas na América: Conflitos no Brasil

 

A relação entre os portugueses e os índios vai muito além da utilização da mão-de-obra e da exploração do pau-brasil. Cabe destacar, que para o povoamento do território foi imprescindível as alianças entre portugueses e determinadas tribos indígenas que viviam no território brasileiro. Num ambiente extremamente hostil, com um número de homens insuficiente, as alianças com indígenas era de fundamental importância para que os portugueses pudessem fazer frente a outras tribos indígenas inimigas e invasores estrangeiros.

 

Há de se destacar, igualmente, que a guerra entre índios era algo comum, uma verdadeira obsessão, até mesmo pela grande diversidade de culturas indígenas disputando território. Não raro, essas tribos viam um grande potencial em se aliar com os portugueses com a finalidade de derrotar tribos inimigas. Nessas guerras entre índios, os portugueses conseguiram, sem grandes dificuldades, por exemplo, um grande número de indígenas que eram capturados por tribos inimigas e trocados com os portugueses. Nesse sentido, é justo dizer, que a conquista do território pelos portugueses – e o extermínio de milhares de indígenas – tal qual na América espanhola, foi realizada com grande colaboração dos nativos que habitavam o território brasileiro.

 

Foram os índios, ou mais especificamente, os tupiniquins, por exemplo, que ajudaram os portugueses a expulsar os franceses do Rio de Janeiro, e mais que isso, os índios ficaram responsáveis por resguardar aquela região de ataque de invasores externos. Como prêmio pela grande colaboração, inúmeras lideranças indígenas ganharam territórios e prestígio, adotando, por vezes, nomes portugueses e se integrando a sociedade colonial que estava sendo formatada. Se por um lado, existiu uma impressionante aniquilação de tribos indígenas inteiras – através da guerra, ou do choque biológico – por outro, certamente milhares de índios foram aculturados e incorporados na nova sociedade que estava sendo construída, dando origem à composição genômica da sociedade brasileira, que apresenta quase 10% de ancestralidade indígena.

 

Os tupiniquins tiveram importante participação na colonização portuguesa da região de Santos e Bertioga no século XVI e na fundação da cidade de São Paulo, em 1554, pelos padres jesuítas Manuel da Nóbrega. Eram aliados dos colonizadores portugueses.  O pesquisador Carlos Augusto da Rocha Freire consignou que os tupiniquins ocupavam, no século XVI, terras situadas entre o atual município baiano de Camamu e o Rio São Mateus (ou Rio Cricarê), no atual estado do Espírito Santo. Foram catequizados por jesuítas em “Aldeia Nova”, sofrendo com pragas exógenas (como a varíola) e endógenas (como as formigas, que lhes destruíram as plantações). Serafim Leite consignara, em História da Companhia de Jesus no Brasil, que o Acampamento dos Reis Magos era, quase todo, composto por tupiniquins

 

Em 1610, o padre João Martins obteve, para os nativos, uma sesmaria, mensurada somente em 1760. O principal centro desse território era a vila de Nova Almeida, que, na data de sua demarcação, contava com 3 000 habitantes. Auguste de Saint-Hilaire registra, no início do século XIX, sua existência.  Em 1860, o imperador brasileiro Pedro II encontrou-se, em Nova Almeida, com uma mulher tupiniquim, registrando o fato em seu diário. Em meados do século XIX, o pintor Auguste François Biard anotou sua presença em famílias dispersas, junto a imigrantes italianos.

 

No século XX, o Serviço de Proteção aos Índios instalou, no Espírito Santo meridional, uma de suas zonas de atuação, sendo encontrados, em 1924, alguns tupiniquins.

https://centraldefavoritos.com.br/2017/05/04/conflitos-entre-europeus-e-indigenas-na-america-colonial/

 

Leia o texto a seguir.

 

Genocídio indígena no Brasil

Calcula-se que na época da chegada dos primeiros portugueses no nosso país, a população indígena contava entre 3 e 5 milhões de habitantes. Hoje segundo o IBGE ela não ultrapassa 400 mil. Como você explica este fato? Vejam o que Demétrio Magnoli fala sobre Genocídio e Etnocídio em seu livro Geografia para o ensino médio, editora Saraiva , volume 2 /1ª edição 2010.

“No momento da conquista europeia, milhões de indígenas habitavam as terras que viriam fazer parte da América portuguesa. Não há estatísticas sobre a população indígena original, e as estimativas variam de 1 a 10 milhões de habitantes. ...Um genocídio em câmara lenta acompanhou a colonização portuguesa e prosseguiu nos séculos XIX e XX no Brasil independente”.

O extermínio atingiu primeiro os Tupis, que habitavam o litoral. No século XVII, chega aos sertões nordestinos, ao vale do São Francisco e as reduções jesuíticas do Sul e Sudeste do país. Nos séculos seguintes chegaria as terras do Brasil central. A intensificação do extermínio caminhava junto ao avanço da colonização e o desenvolvimento de atividades econômicas cada vez mais longínquas do litoral.

“Os indígenas conheceram o extermínio físico e cultural. Com exceção marcante Amazônia , a localização dos grupos indígenas atuais evidencia as migrações forçadas que a conquista territorial impôs “.Demétrio Magnoli

Dos cerca de 400 mil indígenas contados pelo IBGE, a maioria perdeu sua língua original e fala apenas o português. Nas diversas aldeias remanescentes, hábitos e costumes dos ” homens brancos” vão aos poucos sendo incorporados substituindo elementos culturais nativos. A aculturação forçada ou não, é a que mais se apresenta. A cada ano milhares de índios transferem-se para as fazendas ou cidades das proximidades de suas aldeias rompendo os laços com suas culturas e tradições. Os direitos dos índios começam com a criação do SPI (serviço de proteção ao índio) em 1910. Em 1967 é a criada a Funai (Fundação Nacional do Índio ) órgão responsável pela tutela e proteção e demarcação das terras dos índios . O estatuto do índio que define os indígenas como “relativamente incapazes ainda está em vigor apesar dos avanços alcançados na constituição de 1988 em relação aos direitos permanentes das sociedades.

Disponível em: https://salacristinageo.blogspot.com/2011/05/genocidio-indigena-no-brasil.html?m=1 Acesso em: 25 de ago. de 2020.

 

 

ATIVIDADE AVALIATIVA:

As atividades avaliativas têm uma semana de prazo para a resolução. @ alun@ será avaliado em 100% do valor da atividade se entregar no prazo. O atraso de uma semana além do prazo estabelecido acarretará em um prejuízo de 10% da nota e assim por diante até chegar a ser avaliado em tão somente 60% da nota. O prazo limite máximo é o fechamento do III Bimestre.

Organize a agenda e realize tudo no prazo para evitar prejuízos e constrangimentos.

 

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Prazo: até 25/09/2020.


 

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