Esta aula foi, sexta-feira, 23/04/2021 às 14:50h
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Habilidade: Refletir sobre a relação entre intensificação do comércio, enriquecimento dos comerciantes, como revigoramento das cidades e da vida urbana para o surgimento de ideias humanistas, bem como do movimento renascentista, dos séculos XV ao XVII.
Conteúdo: Relação comércio,
revigoramento das cidades e humanismo
RENASCIMENTO COMERCIAL
O Renascimento Comercial foi
uma das vertentes do Renascimento Italiano, movimento cultural, econômico e
político surgido na Itália, no século XIV.
Ao lado do Renascimento
Cultural e Urbano, o Renascimento Comercial foi marcado pela intensificação das
relações comerciais entre as nações, pondo fim ao sistema feudal e dando início
ao capitalismo comercial.
O fim do sistema feudal e o
surgimento do sistema capitalista foram fundamentais para consolidar a expansão
do comércio.
Entretanto, foi a partir das Cruzadas (entre os séculos XI e XIII), expedições militares de caráter econômico, político e religioso, que as relações comerciais foram fortalecidas com o Oriente.
Além disso, a abertura do Mar Mediterrâneo foi essencial para o aumento das rotas comerciais entre os países, levando ao fim do período da Idade Média e o início da Idade Moderna.
O Renascimento, aliado ao
cientificismo e ao humanismo vigentes, consagraram novas formas de ver o mundo.
Assim, o antropocentrismo, ou seja, o homem como centro do mundo, foi
substituído pelo teocentrismo medieval, onde Deus estava no centro do Universo,
e a vida das pessoas giravam em torno da religião.
Para tanto, a “Idade das
Trevas” (cunhada por alguns humanistas para indicar o período sombrio e
estático da Idade Média), perdurou durante muito tempo na Europa, do século V
ao século XV, e estava baseado numa sociedade monárquica onde o rei era o
senhor mais soberano, seguido da nobreza e do clero.
Os servos, eram os últimos da
estrutura hierárquica medieval, e que decerto não possuíam poder e/ou as mesmas
possibilidades que os estamentos acima (nobreza e clero).
Apoiados à crise do regime
feudal, os humanistas italianos alegavam que o período anterior do Medievo
esteve marcado por um grande retrocesso humano, em relação às produções
clássicas.
Para tanto, a ideia central
desses intelectuais, artistas e pensadores humanistas eram sobretudo, a
valorização do homem, na medida em que expressavam e disseminavam essa nova
visão de mundo, a qual emergia aliada às transformações sociais, políticas e
econômicas da Europa.
De tal modo, além da crise do
sistema feudal, as grandes navegações ultramarinas do século XVI, donde
Portugal foi um dos pioneiros, altera e expande a mentalidade dos homens,
aliados ao cientificismo da Teoria Heliocêntrica (Sol no centro do mundo),
proposta pelo matemático e astrônomo Nicolau Copérnico, em detrimento do
Geocentrismo aceito pela Igreja, donde a terra era o centro do Universo.
Essa nova forma de ver o
mundo, alterou significativamente a mentalidade dos homens, questionando os
velhos valores num impasse desenvolvido entre a fé a razão.
Além desses fatores essenciais
para a transformação da sociedade medieval, o aparecimento de uma nova classe
social, denominada burguesia, consolidam o novo sistema social, econômico e
político.
Nesse ínterim, os burgueses
que viviam nas pequenas cidades medievais amuralhadas denominadas “burgos”,
começaram a desenvolver o comércio interno, impulsionadas pelas feiras livres,
locais de compra e venda de produtos diversos.
Note que o sistema feudal já
não conseguiu suprir as necessidades de todos os seus habitantes, de forma que
uns fugiam e outros eram expulsos pelos senhores de terra.
Com efeito, esse grupo de
marginalizados seguiam para as cidades (burgos) em busca de melhor qualidade de
vida, sendo que aqueles que se dedicaram ao comércio ambulante, foram aos
poucos constituindo a nova classe social que, mais tarde, substituirá o sistema
anterior, detendo os meios de produção e o acúmulo de capital: a burguesia.
Assim sendo, as feiras-livres
(donde se destacam a feira de Champagne, na França, e a de Flandres, na
Bélgica) foram essenciais para o desenvolvimento de atividades manufatureiras,
aumento da circulação de mercadorias, o retorno das transações financeiras, o
reaparecimento da moeda e formação de associações de controle de produção e
comércio (Ligas Hanseáticas, Guildas Medievais e Corporações de Ofício).
Ainda que as cidades italianas
de Veneza, Florença e Gênova se destacaram com a abertura do Mar Mediterrâneo,
no século XV e XVI, posto que utilizaram o mar como rota marítima de comércio,
sobretudo de especiarias vindas do Oriente, a expansão ultramarina tornou o mar
uma nova rota comercial, substituindo, dessa maneira, o eixo comercial do
Mediterrâneo para o Oceano Atlântico, com a descobertas das terras no novo
mundo.
Atividade Avaliativa
Muito interessante! amo Historia!
ResponderExcluirMuito bom interessante! Amo história
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