TEMA: Diferença entre
a escravidão moderna, a antiga e a servidão
Nossa aula foi:
7ºA,sexta-feira,
14 de novembro de 2025 . Retomada na terça-feira,
18 de novembro de 2025 .
7ºB,segunda-feira,
17 de novembro de 2025 . Retomada na terça-feira,
18 de novembro de 2025 .
EIXO TEMÁTICO
Lógicas comerciais e mercantis da modernidade
HABILIDADES
(EF07HI16) Analisar os mecanismos e as dinâmicas de comércio de escravizados em suas diferentes fases, identificando os agentes responsáveis pelo tráfico e as regiões e zonas africanas de procedência dos escravizados.
Matriz de Habilidades Essenciais
Compreender sobre o processo do tráfico de escravizados, suas dinâmicas e seus impactos sociais e econômicos.
OBJETIVOS DE CONHECIMENTOS
A escravidão moderna e o tráfico de escravizados:
CONTEÚDO
Conceito de escravidão em diferentes tempos e espaços
METODOLOGIA:
Os objetivos da aula são:
Compreender as diferenças socioeconômicas e culturais entre a escravidão antiga, moderna e a servidão.
Identificar as transformações do trabalho forçado ao longo do tempo.
Desenvolver a capacidade de leitura, interpretação e análise crítica de textos históricos.
Estabelecer relações entre fatos históricos e a formação da sociedade contemporânea.
Relacionar informações históricas com representações gráficas simples (linha do tempo e mapa).
Para tanto, nos serviremos da seguinte estrutura de
aula:
Formular perguntas orientadoras: “Em que épocas vocês já ouviram falar sobre escravidão? Como essas escravidões eram diferentes entre si?”.
Anotar na lousa as ideias principais dos alunos, construindo coletivamente um mapa conceitual inicial com os termos: escravidão antiga, servidão, escravidão moderna.
Alinhamento com Língua Portuguesa — D023_P (Inferir informações em textos): estimular inferências a partir das falas e noções iniciais dos alunos.
Espera-se que mencionem diferenças como:
Escravidão antiga: praticada em diversas civilizações, ligada a guerras, propriedade estatal, possibilidade de compra da liberdade.
Servidão medieval: trabalhadores rurais vinculados
aos senhores feudais, não eram mercadoria, trocavam trabalho por proteção e
terra.
Escravidão moderna: africanos escravizados por
europeus, comércio global, lógica de mercado, justificativas religiosas e
científicas para dominação, base do capitalismo e do racismo estrutural.
Realizar a leitura compartilhada do texto
“Diferença entre a escravidão moderna, a antiga e a servidão”.
Empregar a metodologia ativa de rotação por estações:
Em cada estação, alunos registram exemplos no caderno e respondem perguntas de interpretação.
Alinhamento interdisciplinar:
Língua Portuguesa — D038_P (Distinguir fato e opinião) e D042_P (Reconhecer efeito de sentido de figuras de linguagem) ao analisar o texto.
Matemática — D037_M (Utilizar área de figuras bidimensionais na resolução de problema) por meio da interpretação de um mapa simples com áreas correspondentes aos continentes envolvidos no tráfico negreiro.
Estação 1: escravidão antiga — identificar
características principais.
Escravidão na Antiguidade estava frequentemente ligada à guerra: povos derrotados eram feitos escravos pelos vencedores.
Escravos podiam ser propriedade do Estado ou de
indivíduos, mas em algumas sociedades só classes altas podiam possuir
escravizados.
O trabalho escravo era, em geral, braçal,
concentrando-se em atividades intensas como agricultura, mineração e obras
públicas.
Escravos não tinham direitos, estavam presos à
condição de propriedade e obedeciam ordens dos senhores ou do Estado; o
trabalho não era remunerado.
Havia possibilidade, em alguns casos, de comprar a
liberdade, especialmente entre escravos urbanos ou qualificados.
O comércio de pessoas era comum — escravos eram
capturados, vendidos e comprados.
Em determinadas regiões, havia também formas de
servidão ligadas a dívidas ou acordos, mas a condição do escravo era geralmente
vitalícia e hereditária.
Estação 2: servidão — compreender relações entre
camponeses e senhores feudais.
Os servos eram camponeses subordinados ao senhor feudal, trabalhando nas terras em troca de moradia e proteção.
O senhor feudal era proprietário das terras,
concedendo aos servos o direito de cultivá-las, mas exigindo o pagamento de
tributos e a prestação de serviços, como a corveia e as banalidades.
Os servos não eram considerados mercadoria, porém
não tinham liberdade plena de circulação: dependiam da autorização do senhor
para deixar o feudo.
O trabalho dos servos mantinha todas as ordens
feudais — eles cediam parte do tempo para servir ao senhor e parte da produção
agrícola.
Em troca do trabalho e das obrigações, os servos
recebiam proteção militar do senhor, especialmente contra invasores e outras
ameaças externas.
O sistema era determinado por vínculos sociais,
religiosos e econômicos, promovendo pouca ou nenhuma mobilidade social.
Estação 3: escravidão moderna — observar o papel do
comércio atlântico.
A escravidão moderna envolvia o tráfico transatlântico de africanos escravizados, sustentando um sistema econômico global, especialmente a partir do século XV.
O comércio triangular conectava Europa, África e
América: africanos eram retirados da África, vendidos por baixo preço,
transportados através do Atlântico, trabalhavam nas colônias e seus produtos
eram exportados para a Europa, gerando grandes lucros.
Esse sistema dependia de uma rede de portos,
negociantes e transportes marítimos, tornando a escravidão uma atividade
comercial altamente lucrativa para traficantes, proprietários de terras e
países europeus envolvidos.
O comércio atlântico ampliou o número de
escravizados, impactando profundamente sociedades africanas e americanas;
milhões de pessoas foram deslocadas em condições desumanas.
Houve a criação de justificativas ideológicas,
religiosas e raciais para sustentar esse sistema, consolidando uma hierarquia
racial e econômica.
O modelo das plantations e o trabalho forçado nas
colônias sustentaram o desenvolvimento do capitalismo comercial e deixaram
marcas duradouras de desigualdade e racismo estrutural nas sociedades
envolvidas.
Produção e reflexão final
Segue orientação detalhada para a atividade de produção e reflexão final, empregando a sala de aula invertida e alinhada ao descritor D027_P de Língua Portuguesa:
Orientações para a atividade de síntese e produção
textual
Objetivo:
Produzir uma síntese sobre o tema central, respondendo à pergunta-problema:
“Como as formas de exploração do trabalho contribuíram para a formação do mundo moderno?”
Apresentação em cartaz ou exposição oral por grupo.
Metodologia ativa — sala de aula invertida:
Os alunos já tiveram acesso prévio ao texto e
construíram coletivamente mapas conceituais nas estações.
Em grupo, devem selecionar as ideias centrais do
conteúdo, distinguir das informações secundárias e hierarquizar essas ideias
para a produção textual, conforme o descritor D027_P.
Produto de texto do bimestre:
Redigir um texto dissertativo histórico — manuscrito à caneta, sem rasuras, utilizando as próprias palavras.
Sugestão de estrutura para a produção do texto
1º parágrafo — Introdução
Explicar o contexto geral das formas de trabalho ao longo da história (escravidão antiga, servidão medieval e escravidão moderna).
Destacar que cada sistema apresentou
características próprias e consequências para as sociedades.
2º parágrafo — Escravidão antiga e servidão
Apresentar as ideias centrais sobre a escravidão antiga: guerra, propriedade estatal ou particular, possibilidade de compra de liberdade.
Comparar com a servidão: dependência dos servos,
proteção oferecida, vínculos sociais e ausência de comércio de pessoas.
3º parágrafo — Escravidão moderna e o comércio
atlântico
Destacar as características principais: tráfico atlântico, mercantilização de pessoas, racismo estrutural e papel na formação do capitalismo.
Enfatizar a escala internacional do comércio de
escravizados e seus impactos nas sociedades africanas e americanas.
4º parágrafo — Reflexão e conclusão
Explicar, com base nas ideias centrais coletadas, como as formas de exploração do trabalho ajudaram a construir o mundo moderno, principalmente na criação de desigualdades, modelos econômicos globais e estruturas raciais.
Finalizar valorizando a análise histórica como
ferramenta para entender a sociedade atual.
Recomendações importantes
Escrever de forma clara e objetiva, utilizando as próprias palavras e evitando cópias do texto-base.
Selecionar cuidadosamente o conteúdo do texto:
priorizar ideias centrais e evitar excesso de detalhes secundários.
Organizar os parágrafos conforme a proposta, cada
um com função bem definida.
Entregar o texto manuscrito, à caneta e sem
rasuras.
Ler para finalizar e garantir que todas as partes
da pergunta-problema foram respondidas.
Material didático:
Texto: Seduc GO, NetEscola 7º ano, Quarto Bimestre.
🔖ATIVIDADE AVALIATIVA🎒
Produzir uma linha do tempo comentada e responder a três perguntas interpretativas do texto.
Critérios: compreensão
conceitual, clareza das ideias e relacionamento entre fatos e épocas.
🔖ATIVIDADE AVALIATIVA FLEXIBILIZADA🎒
1. Alunos com déficit intelectual que sabem ler
Utilizar cartazes ilustrativos com frases curtas para ordenar em sequência lógica (escravidão antiga → servidão → moderna).
Avaliar pela capacidade
de reconhecer a ordem histórica e identificar diferenças principais com apoio
textual e visual.
2. 🧠 Aluno com Síndrome de Down (não sabe ler nem
escrever)
Usar figuras representando trabalhadores
escravizados, servos e comerciantes.
Solicitar que o aluno organize em colunas sob
orientação e descreva oralmente ou por apontar diferenças visuais (trabalho
forçado, instrumentos, ambiente).
3. 🧑🦽 Aluno com paralisia
cerebral (não lê, não escreve, nem se comunica efetivamente)
Exposição de imagens e
objetos concretos (carruagens, navios, ferramentas agrícolas).
Avaliar por observação da
atenção, gestos e reações emocionais durante a atividade, com registro
descritivo do professor.
4. 🌿 Aluno indígena xavante (idioma Akwẽ/Acuen)
Utilizar imagens e narração traduzida com apoio de intérprete, comparando
o tema “trabalho e comunidade” no texto e nas tradições de trabalho coletivo
xavante.
Avaliar pela capacidade de relacionar oralmente (no idioma nativo) fatos
do texto com práticas culturais de sua comunidade.
MATERIAL:
Diferença entre a escravidão moderna, a antiga e a servidão
1. A idade moderna trouxe consigo muitas mudanças que foram incorporadas à história do mundo: o contato do homem europeu com as américas, as navegações, as reformas religiosas, o renascimento cultural, o humanismo, o nascimento do estado-nação e muitos outros. Porém, um dos pilares formadores da modernidade e base para a construção do mundo atual não era exatamente uma novidade para o homem: a escravidão.
2. Ao
longo da história foram registradas diversas ocorrências de práticas
escravistas em diversos locais e em sociedades diferentes. Os historiadores
acreditam que desde o desenvolvimento das civilizações e das primeiras guerras
por território, comida e sobrevivência grupos eram escravizados pelos
vencedores ao final dos conflitos. Os textos bíblicos já mencionam a escravidão
como presente nas sociedades antigas e há indícios de que ela tenha sido
praticada entre povos diferentes como os da Mesopotâmia, China, Índia, Japão
além do Egito antigo e entre os hebreus.
3. Mas se não era uma novidade histórica, por que a escravidão na idade moderna é vista como diferente das demais? Pela maneira como a escravidão era praticada nesse período. A partir do século XV, a escravidão de africanos por europeus passou a sustentar as lógicas comerciais de um sistema mercantil global em expansão, sistema que dependia dessa escravidão para funcionar, se manter e acumular a riqueza que criaria mais tarde as condições para o desenvolvimento do mundo capitalista.
4. Explicando de um modo mais simples: no sistema escravista moderno, o europeu comprava africanos por um preço muito baixo para serem usados como mão de obra escrava nas plantações das colônias. Para isso era preciso um sistema de transporte, de portos e de negociantes que levassem esses africanos por todo o oceano atlântico até a américa onde eram vendidos para donos de terras por um preço muito maior do que aquele pelo qual foram comprados. O lucro dessas negociações sustentava os gastos com as viagens pelo atlântico e permitia ao traficante de escravos acumular riqueza. Já o dono de terras na colônia, usavam os africanos escravizados no trabalho nas plantações. Tudo que era colhido nessas plantações era vendido para a Europa por um preço muito maior do que se gastou em sua produção, garantindo assim o lucro e a riqueza do dono das terras.
5. Era um novo modo de lidar com a mão de obra, diferente de tudo o que havia sido feito antes, como a escravidão antiga e a servidão.
6. Na antiguidade, cada sociedade tinha seu modo de lidar com a escravidão. Em muitas delas, os escravos eram propriedade do estado, trabalhando apenas em terras, serviços e obras públicas, não podendo ser vendidos ou comprados por ninguém além do governo. Em outras, só as classes mais altas possuíam escravos, que poderiam ter uma fonte de renda própria e comprar a sua liberdade.
7. Com o fim da chamada antiguidade e a chegada da idade média, surgem outras formas de organização do trabalho, como a servidão. Os servos eram trabalhadores rurais que tinham uma rotina dura de trabalho e pertenciam às camadas mais baixas das sociedades feudais, porém, eles não eram considerados mercadoria ou objeto de comércio. No sistema feudal, os servos, ao contrário dos escravos modernos ou antigos, eram livres, porém essa era uma liberdade com dependência pois, tinham de trabalhar para os senhores feudais, em todos os serviços necessários para a alimentação e manutenção do feudo. Em troca recebiam proteção contra invasores e a permissão para morar nas terras do senhor retirando delas o que precisavam para sobreviver.
8. Nesse sistema, o servo podia plantar para ele mesmo e vender o que sobrava ficando com os ganhos para si, porém tinha que pagar taxas pelo uso da terra e das ferramentas do senhor, assim como precisava de permissão se quisesse se afastar das terras. A servidão não acontecia por compra ou captura, mas sim por acordos que uniam as necessidades de pobres camponeses que precisavam de terras para viver e ricos proprietários que precisavam de pessoas para trabalhar. Ao ser feito, o acordo de servidão durava o resto da vida e passava de pai para filho - filhos e netos de servos permaneciam vinculados aos feudos. Muitos senhores feudais tinham também escravos e, esses, sim, poderiam ser comercializados ou alugados.
9. Ao longo da idade moderna, houve todo um trabalho ideológico para justificar a escravidão africana. Tentavam provar, com a religião e depois com a ciência, que os africanos não tinham alma como os demais, que eram naturalmente selvagens e inferiores ao europeu, de modo que a escravização poderia representar um benefício por aproximar esse povo da civilização e do cristianismo. Hoje compreendemos que essas eram justificativas para manter um sistema econômico muito lucrativo. A escravidão moderna criou uma lógica econômica global, dando origem a uma hierarquia racial que deixou marcas profundas em todos os continentes envolvidos nesse comércio. Esses fatores tornam a escravidão moderna única e fundamental para pensarmos as relações sociais e econômicas ainda presentes em nossos dias.
Nossa aula foi:
7ºA,
7ºB,
Lógicas comerciais e mercantis da modernidade
(EF07HI16) Analisar os mecanismos e as dinâmicas de comércio de escravizados em suas diferentes fases, identificando os agentes responsáveis pelo tráfico e as regiões e zonas africanas de procedência dos escravizados.
Matriz de Habilidades Essenciais
Compreender sobre o processo do tráfico de escravizados, suas dinâmicas e seus impactos sociais e econômicos.
A escravidão moderna e o tráfico de escravizados:
Conceito de escravidão em diferentes tempos e espaços
Os objetivos da aula são:
Compreender as diferenças socioeconômicas e culturais entre a escravidão antiga, moderna e a servidão.
Identificar as transformações do trabalho forçado ao longo do tempo.
Desenvolver a capacidade de leitura, interpretação e análise crítica de textos históricos.
Estabelecer relações entre fatos históricos e a formação da sociedade contemporânea.
Relacionar informações históricas com representações gráficas simples (linha do tempo e mapa).
Formular perguntas orientadoras: “Em que épocas vocês já ouviram falar sobre escravidão? Como essas escravidões eram diferentes entre si?”.
Anotar na lousa as ideias principais dos alunos, construindo coletivamente um mapa conceitual inicial com os termos: escravidão antiga, servidão, escravidão moderna.
Alinhamento com Língua Portuguesa — D023_P (Inferir informações em textos): estimular inferências a partir das falas e noções iniciais dos alunos.
Escravidão antiga: praticada em diversas civilizações, ligada a guerras, propriedade estatal, possibilidade de compra da liberdade.
Empregar a metodologia ativa de rotação por estações:
Em cada estação, alunos registram exemplos no caderno e respondem perguntas de interpretação.
Alinhamento interdisciplinar:
Língua Portuguesa — D038_P (Distinguir fato e opinião) e D042_P (Reconhecer efeito de sentido de figuras de linguagem) ao analisar o texto.
Matemática — D037_M (Utilizar área de figuras bidimensionais na resolução de problema) por meio da interpretação de um mapa simples com áreas correspondentes aos continentes envolvidos no tráfico negreiro.
Escravidão na Antiguidade estava frequentemente ligada à guerra: povos derrotados eram feitos escravos pelos vencedores.
Os servos eram camponeses subordinados ao senhor feudal, trabalhando nas terras em troca de moradia e proteção.
A escravidão moderna envolvia o tráfico transatlântico de africanos escravizados, sustentando um sistema econômico global, especialmente a partir do século XV.
Segue orientação detalhada para a atividade de produção e reflexão final, empregando a sala de aula invertida e alinhada ao descritor D027_P de Língua Portuguesa:
Objetivo:
Produzir uma síntese sobre o tema central, respondendo à pergunta-problema:
“Como as formas de exploração do trabalho contribuíram para a formação do mundo moderno?”
Apresentação em cartaz ou exposição oral por grupo.
Redigir um texto dissertativo histórico — manuscrito à caneta, sem rasuras, utilizando as próprias palavras.
1º parágrafo — Introdução
Explicar o contexto geral das formas de trabalho ao longo da história (escravidão antiga, servidão medieval e escravidão moderna).
Apresentar as ideias centrais sobre a escravidão antiga: guerra, propriedade estatal ou particular, possibilidade de compra de liberdade.
Destacar as características principais: tráfico atlântico, mercantilização de pessoas, racismo estrutural e papel na formação do capitalismo.
Explicar, com base nas ideias centrais coletadas, como as formas de exploração do trabalho ajudaram a construir o mundo moderno, principalmente na criação de desigualdades, modelos econômicos globais e estruturas raciais.
Escrever de forma clara e objetiva, utilizando as próprias palavras e evitando cópias do texto-base.
Texto: Seduc GO, NetEscola 7º ano, Quarto Bimestre.
Produzir uma linha do tempo comentada e responder a três perguntas interpretativas do texto.
1. Alunos com déficit intelectual que sabem ler
Utilizar cartazes ilustrativos com frases curtas para ordenar em sequência lógica (escravidão antiga → servidão → moderna).
Diferença entre a escravidão moderna, a antiga e a servidão
1. A idade moderna trouxe consigo muitas mudanças que foram incorporadas à história do mundo: o contato do homem europeu com as américas, as navegações, as reformas religiosas, o renascimento cultural, o humanismo, o nascimento do estado-nação e muitos outros. Porém, um dos pilares formadores da modernidade e base para a construção do mundo atual não era exatamente uma novidade para o homem: a escravidão.
3. Mas se não era uma novidade histórica, por que a escravidão na idade moderna é vista como diferente das demais? Pela maneira como a escravidão era praticada nesse período. A partir do século XV, a escravidão de africanos por europeus passou a sustentar as lógicas comerciais de um sistema mercantil global em expansão, sistema que dependia dessa escravidão para funcionar, se manter e acumular a riqueza que criaria mais tarde as condições para o desenvolvimento do mundo capitalista.
4. Explicando de um modo mais simples: no sistema escravista moderno, o europeu comprava africanos por um preço muito baixo para serem usados como mão de obra escrava nas plantações das colônias. Para isso era preciso um sistema de transporte, de portos e de negociantes que levassem esses africanos por todo o oceano atlântico até a américa onde eram vendidos para donos de terras por um preço muito maior do que aquele pelo qual foram comprados. O lucro dessas negociações sustentava os gastos com as viagens pelo atlântico e permitia ao traficante de escravos acumular riqueza. Já o dono de terras na colônia, usavam os africanos escravizados no trabalho nas plantações. Tudo que era colhido nessas plantações era vendido para a Europa por um preço muito maior do que se gastou em sua produção, garantindo assim o lucro e a riqueza do dono das terras.
5. Era um novo modo de lidar com a mão de obra, diferente de tudo o que havia sido feito antes, como a escravidão antiga e a servidão.
6. Na antiguidade, cada sociedade tinha seu modo de lidar com a escravidão. Em muitas delas, os escravos eram propriedade do estado, trabalhando apenas em terras, serviços e obras públicas, não podendo ser vendidos ou comprados por ninguém além do governo. Em outras, só as classes mais altas possuíam escravos, que poderiam ter uma fonte de renda própria e comprar a sua liberdade.
7. Com o fim da chamada antiguidade e a chegada da idade média, surgem outras formas de organização do trabalho, como a servidão. Os servos eram trabalhadores rurais que tinham uma rotina dura de trabalho e pertenciam às camadas mais baixas das sociedades feudais, porém, eles não eram considerados mercadoria ou objeto de comércio. No sistema feudal, os servos, ao contrário dos escravos modernos ou antigos, eram livres, porém essa era uma liberdade com dependência pois, tinham de trabalhar para os senhores feudais, em todos os serviços necessários para a alimentação e manutenção do feudo. Em troca recebiam proteção contra invasores e a permissão para morar nas terras do senhor retirando delas o que precisavam para sobreviver.
8. Nesse sistema, o servo podia plantar para ele mesmo e vender o que sobrava ficando com os ganhos para si, porém tinha que pagar taxas pelo uso da terra e das ferramentas do senhor, assim como precisava de permissão se quisesse se afastar das terras. A servidão não acontecia por compra ou captura, mas sim por acordos que uniam as necessidades de pobres camponeses que precisavam de terras para viver e ricos proprietários que precisavam de pessoas para trabalhar. Ao ser feito, o acordo de servidão durava o resto da vida e passava de pai para filho - filhos e netos de servos permaneciam vinculados aos feudos. Muitos senhores feudais tinham também escravos e, esses, sim, poderiam ser comercializados ou alugados.
9. Ao longo da idade moderna, houve todo um trabalho ideológico para justificar a escravidão africana. Tentavam provar, com a religião e depois com a ciência, que os africanos não tinham alma como os demais, que eram naturalmente selvagens e inferiores ao europeu, de modo que a escravização poderia representar um benefício por aproximar esse povo da civilização e do cristianismo. Hoje compreendemos que essas eram justificativas para manter um sistema econômico muito lucrativo. A escravidão moderna criou uma lógica econômica global, dando origem a uma hierarquia racial que deixou marcas profundas em todos os continentes envolvidos nesse comércio. Esses fatores tornam a escravidão moderna única e fundamental para pensarmos as relações sociais e econômicas ainda presentes em nossos dias.
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