Aula 67 Reação de Veneza

TEMA: Reação de Veneza
Nossa aula foi:
7ºA, sexta-feira, 6 de junho de 2025.
7ºB, segunda-feira, 9 de junho de 2025.
 
EIXO TEMÁTICO
O mundo moderno e a conexão entre sociedades africanas, americanas e europeias.
 
HABILIDADES
(EF07HI06) Comparar as navegações no Atlântico e no Pacífico entre os séculos XIV e XVI.
(GO-EF07HI06-A) Relacionar as interações entre Ocidente e Oriente, por meio das navegações e da expansão marítima, das trocas científicas que influenciaram as revoluções no ocidente e impulsionaram as navegações.
 
OBJETIVOS DE CONHECIMENTOS
As descobertas científicas e a expansão marítima:
 
CONTEÚDO
Interações cientificas e comerciais entre Ocidente e Oriente
 
METODOLOGIA:
Os objetivos da aula são:
Compreender a importância do comércio marítimo para a economia de Veneza.
Identificar os impactos da nova rota portuguesa das especiarias para a cidade de Veneza.
Refletir sobre a competição comercial no contexto das Grandes Navegações.
Analisar as reações econômicas e políticas provocadas por mudanças nas rotas comerciais.
Para tanto, nos serviremos da seguinte estrutura de aula:
Apresentar os objetivos da aula no quadro ou oralmente.
Entregar o texto "Toda Veneza ficou surpreendida e se alarmou" para leitura guiada em grupos ou duplas.
Orientar a marcação de palavras-chave e frases que expressem a reação dos venezianos.
“Toda Veneza ficou surpreendida e se alarmou.”
“Era a pior notícia que podia chegar-lhes.”
“Outras não podem acreditar na notícia.”
“Pensam que o rei de Portugal não poderá conservar por muito tempo este caminho.”
“Procuram encontrar razões para não perder a esperança.”
“Recusam-se a acreditar e a ouvir o que lhes não convém.”
Dividir a turma em grupos e propor que cada grupo dramatize uma cena inspirada nas três partes do texto:
Esquete 1 – A Chegada da Notícia
Título: “A pior notícia para Veneza”
Cenário: Praça pública de Veneza. Comerciantes reúnem-se ao redor de um mensageiro.
Personagens: Mensageiro, Comerciante 1, Comerciante 2, Comerciante 3, Povo.
Resumo da cena:
Um mensageiro chega apressado anunciando que os portugueses encontraram um novo caminho para trazer especiarias diretamente do Oriente para Lisboa. Os comerciantes venezianos reagem com choque, incredulidade e preocupação.
Diálogo exemplo:
Mensageiro: “Trago notícias do mar! As especiarias agora chegarão por Lisboa, e mais baratas!”
Comerciante 1: “Impossível! Veneza sempre foi o centro do comércio!”
Comerciante 2: “Isso arruinará nossos lucros... é a pior notícia possível!”
Povo: (Murmura) “E agora, o que será de Veneza?”
Esquete 2 – O Motivo Econômico das Preocupações
Título: “O preço que pagamos”
Cenário: Armazém de especiarias em Veneza. Os comerciantes discutem os altos custos.
Personagens: Comerciante 1, Comerciante 2, Sábio informante, Cliente estrangeiro.
Resumo da cena:
Comerciantes conversam sobre os impostos que encarecem os produtos vindos pelo caminho tradicional. Um sábio explica que as rotas terrestres passam por muitos territórios e cada um cobra taxas. Um cliente estrangeiro comenta que agora prefere comprar em Lisboa.
Diálogo exemplo:
Comerciante 1: “O que custava 1 ducado, agora vendemos por 100. Quem vai pagar isso?”
Sábio: “Os portugueses não precisam pagar tantos impostos. Vendem por muito menos.”
Cliente: “Em Lisboa, pago metade do preço! Em breve todos irão para lá.”
Comerciante 2: “Estamos perdendo tudo!”
Esquete 3 – As Esperanças e Resistências dos Venezianos
Título: “Ainda temos esperança”
Cenário: Salão de reuniões. Comerciantes debatem estratégias e tentam se convencer de que Veneza continuará forte.
Personagens: Líder dos comerciantes, Comerciante otimista, Comerciante pessimista, Assistente.
Resumo da cena:
Os comerciantes discutem se devem acreditar na notícia e temem que o rei de Portugal não consiga manter a rota. Alguns mantêm a esperança de que o sultão interrompa o novo comércio.
Diálogo exemplo:
Líder: “Precisamos manter a calma. Isso pode não durar.”
Comerciante otimista: “Talvez os portugueses desistam. Metade das caravelas já se perdeu.”
Comerciante pessimista: “Mas e se o comércio por Lisboa se tornar o novo centro? Estamos acabados!”
Assistente: “Vamos esperar. Veneza já superou outras crises.”
Apresentar os esquetes teatrais curtos, com espaço para improviso e linguagem acessível.
Finalizar com uma roda de conversa, relacionando os fatos do texto com temas como globalização, concorrência comercial e mudanças econômicas no presente.
Material didático:
Texto: Seduc GO, NetEscola 7º ano, Aula 9, Segundo Bimestre.
 
🔖ATIVIDADE AVALIATIVA🎒
Aplicar atividade escrita com questões objetivas e dissertativas curtas.
Exemplos:
1. Por que Veneza se alarmou com a nova rota portuguesa das especiarias?
Resposta esperada:
Veneza se alarmou porque sua riqueza e prestígio dependiam do comércio marítimo de especiarias, que agora seriam levadas diretamente para Lisboa pelos portugueses, onde seriam vendidas mais baratas, atraindo os compradores estrangeiros e prejudicando os lucros venezianos.
2. O que tornava as especiarias mais caras ao chegarem a Veneza?
Resposta esperada:
As especiarias que chegavam a Veneza precisavam passar por diversos territórios, como a Síria e as terras do sultão da Turquia, onde eram cobrados altos impostos (direitos aduaneiros). Por isso, um produto que custava 1 ducado chegava a ser vendido por 80 a 100 ducados.
3. Qual era o temor dos venezianos em relação ao sultão da Turquia?
Resposta esperada:
Os venezianos temiam que o sultão da Turquia, ao perceber as perdas em seus rendimentos por causa da nova rota portuguesa, tomasse medidas para impedir esse comércio, o que poderia gerar conflitos ou mais restrições.
 
🔖ATIVIDADE AVALIATIVA FLEXIBILIZADA🎒
Atividade com frases curtas e questões de múltipla escolha com apoio de imagens.
Permitir consulta ao texto.
Exemplos:
Onde os portugueses estavam comprando as especiarias?
Calicute Veneza Síria
Por que os produtos eram caros em Veneza?
Porque eram pesados
Porque pagavam muitos impostos
 
2. 🧠 Aluno com Síndrome de Down (não sabe ler nem escrever)
Usar cartões com imagens e símbolos (Veneza, navio, especiarias, Portugal, moedas).
Pedir que o aluno monte uma sequência lógica com apoio verbal do professor.
Apontar figuras que representem "caro" e "barato" ou “antes” e “depois”.
Realizar atividade prática como montar o trajeto com figuras sobre um mapa simplificado.
 
3. 🧑‍🦽 Aluno com paralisia cerebral (não lê, não escreve, nem se comunica efetivamente)
Apresentar imagens grandes com duas opções visuais e observar o olhar ou gesto de escolha.
Exemplo: Mostrar dois mapas (um com a rota terrestre e outro com a rota marítima).
Perguntar: “Qual caminho é mais curto?”
Utilizar comunicação alternativa (cartaz com ícones para apontar preferências ou reações).
 
4. 🌿 Aluno indígena xavante (idioma Akwẽ/Acuen)
Utilizar tradutor ou mediador cultural, se disponível.
Apresentar imagens com representação de troca de produtos, navios e caminhos.
Fazer perguntas simples com apoio visual, como:
Mostrar dois caminhos e perguntar, com gestos e palavras simples:
“Qual caminho é mais rápido para trazer comida?”
Permitir que o aluno use sua língua de origem para responder, valorizando sua identidade cultural.
 
MATERIAL:
Reação de Veneza
Documento 1. Toda Veneza ficou surpreendida e se alarmou
1. Os mais sisudos diziam que era a pior notícia que podia chegar-lhes. De facto, toda a gente sabe que Veneza tinha obtido o seu prestígio e a sua riqueza unicamente graças ao seu comércio marítimo que lhe proporcionava a cada ano uma grande quantidade de especiarias, de tal maneira que os comerciantes estrangeiros afluíam para comprá-las. A sua presença e os seus negócios traziam-nos fartos lucros. Mas agora, por este novo caminho, as especiarias de Leste serão transportadas para Lisboa, onde os Húngaros, os Alemães, os Flamengos e os Franceses irão procurá-las, pois serão aí menos caras.
2. Com efeito, as especiarias que chegam a Veneza têm de passar pela Síria e os territórios do sultão, e por toda a parte devem pagar direitos (aduaneiros) tão exorbitantes que, ao chegar a Veneza, o que tinha custado um ducado deve ser vendido por oitenta a cem ducados. O caminho marítimo, esse, não tem de pagar todos esses impostos, e os Portugueses podem vendê-las (as especiarias) mais baratas. As pessoas mais bem informadas dão-se conta disso, outras não podem acreditar na notícia, e outras pensam que o rei de Portugal não poderá conservar por muito tempo este caminho e este comércio com Calicute, pois das treze caravelas que para aí partiram só seis voltaram, e as perdas serão maiores que os lucros.
3. Por outro lado, ele não encontrará facilmente homens dispostos a arriscar a sua vida numa viagem tão longa e perigosa, e pensa-se que o sultão (da Turquia), quando se aperceber das perdas que isto trará aos seus rendimentos, tratará de impedir esse comércio. Eis o que se diz, entre outras coisas, pois os Venezianos, como de costume, procuram encontrar razões para não perder a esperança e recusam-se a acreditar e a ouvir o que lhes não convém.
 
TÓPICOS
1. A Notícia Chega a Veneza
A cidade de Veneza ficou alarmada com a notícia do novo caminho das especiarias.
Os comerciantes mais sérios achavam que essa era a pior notícia possível.
Veneza era rica graças ao comércio marítimo de especiarias.
 
2. O Comércio de Veneza
As especiarias vinham do Leste, passando por Síria e terras do sultão (Turquia).
Em cada local, eram cobrados altos impostos (direitos aduaneiros).
Um produto que custava 1 ducado, chegava a ser vendido por 80 ou 100 ducados.
Por isso, os preços em Veneza eram muito altos.
 
3. O Novo Caminho Português
Os portugueses passaram a trazer especiarias por via marítima, direto de Calicute.
O novo caminho não passava por tantos lugares, evitando impostos.
Assim, os produtos eram mais baratos em Lisboa.
Alemães, Húngaros, Flamengos e Franceses começariam a comprar em Portugal.
 
4. A Reação dos Venezianos
Alguns não acreditavam na notícia.
Outros achavam que o rei de Portugal não manteria o comércio com Calicute por muito tempo.
Dos 13 navios enviados, apenas 6 voltaram, o que causava dúvidas.
Temiam que o sultão tentasse impedir o comércio português.
Muitos venezianos recusavam acreditar no que os prejudicava economicamente.

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