TEMA: A Conquista da América Espanhola
Nossa aula foi:
7ºA,sexta-feira,
08 de agosto de 2025 .
7ºB,terça-feira,
05 de agosto de 2025 .
O mundo moderno e a conexão entre sociedades africanas, americanas e europeias.
HABILIDADES
(GO-EF07HI08-A) Compreender as formas de
organização das sociedades pré-colombianas, Maias, Incas e Astecas, no tempo da conquista e suas formas de luta e resistência ao domínio espanhol, com destaque para os sistemas religiosos já existentes nas Américas antes da chegada dos europeus.
Matriz de Habilidades Essenciais
Analisar a conquista dos Astecas, Incas e Maias pelos espanhóis, considerando alianças, conflitos e formas de resistência.
OBJETIVOS DE CONHECIMENTOS
A conquista da América e as formas de organização política dos indígenas e europeus: conflitos, dominação e conciliação:
CONTEÚDO
Formas de organização das sociedades pré-colombianas, conflitos e resistências
METODOLOGIA:
Os objetivos da aula são:
Compreender o processo histórico da conquista da América Espanhola.
Identificar as causas e consequências do domínio espanhol sobre povos nativos.
Analisar fatores que explicam a vitória dos espanhóis (doenças, armas, alianças).
Refletir sobre os impactos culturais, sociais e populacionais da conquista.
Para tanto, nos serviremos da seguinte estrutura de aula:
Apresentar o tema e contextualizar o cenário europeu no final do século XV, conectando com o conteúdo anterior sobre Grandes Navegações.
Distribuir o texto "A Conquista da América Espanhola" para leitura individual ou em pares.
Orientar os alunos a destacar palavras-chave no texto.
Conquista da América Espanhola – Processo de dominação realizado pelos espanhóis sobre os povos nativos da América recém-descoberta, iniciado com a chegada de Cristóvão Colombo em 1492 e marcado pela violência e exploração.
Cristóvão Colombo – Navegador genovês que, buscando chegar às “Índias”, chegou ao continente americano em 1492, dando início à conquista e colonização espanhola.
Tratado de Tordesilhas (1494) – Acordo mediado pela Igreja Católica que dividiu as terras descobertas no “Novo Mundo” entre Espanha (oeste) e Portugal (leste) por meio de uma linha imaginária.
A Igreja Católica – Instituição que exercia grande influência política no século XV, cujas decisões do Papa estavam acima das dos reis.
Astecas – Civilização que vivia na região do atual México, caracterizada por avançado conhecimento em diversas áreas, grandes construções e organização social complexa.
Incas – Civilização que habitava a região dos Andes (principalmente o atual Peru), com sociedade complexa, obras monumentais e saberes desenvolvidos.
Reconquista – Processo histórico em que os reinos cristãos da Península Ibérica expulsaram os muçulmanos após séculos de conflitos, antecedendo as expedições marítimas.
Metais preciosos – Recursos minerais como ouro e prata, alvo principal da exploração e motivação econômica das expedições espanholas.
Quinto – Imposto de 20% (um quinto) sobre as riquezas obtidas, pago obrigatoriamente à Coroa nas expedições autorizadas.
Doenças – Patógenos trazidos pelos europeus, como a varíola, que provocaram mortalidade massiva entre os povos nativos por falta de imunidade.
Varíola – Doença contagiosa e letal que dizimou grande parte da população nativa americana após o contato com os europeus.
Superioridade de armas – Vantagem militar dos espanhóis, que possuíam armaduras de metal, espadas, bestas e armas de fogo, garantindo maior poder de combate.
Alianças – Apoio de outros povos indígenas que já eram dominados por astecas e incas, unindo-se aos espanhóis na esperança de se libertarem.
Colonização – Processo de ocupação e exploração dos territórios conquistados pelos espanhóis, com implantação de cidades, mineração e uso da mão de obra nativa.
Caribe – Primeira região colonizada pelos espanhóis, onde ocorreu rápida dizimação das populações nativas.
Resistência indígena – Movimentos de luta e oposição dos povos nativos contra a dominação espanhola.
Fuga – Estratégia de alguns povos nativos que optaram por abandonar seus territórios para escapar da dominação.
Frei Bartolomé de Las Casas – Bispo espanhol e defensor dos povos indígenas, denunciando a violência cometida pelos conquistadores.
Mortalidade indígena – Redução drástica da população nativa, estimada em cerca de 80% durante o século da conquista, causada por doenças, violência e exploração.
Propor a seguinte questão-problema para nortear a
discussão:
"Quais foram os principais fatores que permitiram a vitória dos espanhóis sobre os povos nativos e quais foram as consequências para esses povos?"
Fatores que permitiram a vitória dos espanhóis
Doenças – O contato dos nativos com doenças trazidas pelos europeus, especialmente a varíola, provocou a morte de grande parte da população indígena, enfraquecendo sua capacidade de resistência.
Superioridade de armas – Os espanhóis possuíam armaduras de metal, espadas, bestas e armas de fogo (arcabuzes), o que lhes deu vantagem decisiva nas batalhas.
Alianças – Povos que eram dominados por astecas e incas se aliaram aos espanhóis na esperança de se libertarem, fornecendo apoio militar e estratégico.
Consequências para os povos nativos
Dizimação populacional – Estima-se que cerca de 80% da população indígena tenha morrido no século da conquista, principalmente por doenças e violência.
Perda de territórios e liberdade – Os nativos foram submetidos ao domínio espanhol, perdendo o controle de suas terras.
Exploração e escravização – Muitos foram forçados ao trabalho nas minas e plantações, sendo explorados de forma violenta.
Destruição cultural – Tradições, religiões e modos de vida foram desestruturados pela imposição da cultura e da religião europeias.
Resistência e fuga – Parte dos povos tentou resistir à conquista; outros optaram por fugir para evitar o domínio.
Formar grupos para elaborar um mapa mental com os
seguintes eixos:
1. Contexto histórico da conquista
Ano de início: 1492, com a chegada de Cristóvão Colombo à América.
Objetivo inicial: Atingir a Ásia (“Índias”) pelo Atlântico.
Motivações: Busca de metais preciosos e expansão territorial/religiosa.
Tratado de Tordesilhas (1494): Divisão das terras descobertas entre Espanha e Portugal.
Influência da Igreja Católica: Apoio político e religioso às expedições.
Semelhança com a Reconquista: Conquista de povos não cristãos.
2. Civilizações afetadas
Astecas: Localizados no atual México, possuíam grandes construções, sociedade organizada e conhecimento avançado.
Incas: Localizados nos Andes (Peru), também com organização complexa, obras monumentais e conhecimentos diversos.
Povos do Caribe: Primeiros a sofrer colonização e dizimação quase total.
3. Fatores da vitória espanhola
Doenças: Varíola e outras epidemias dizimaram populações inteiras.
Superioridade de armas: Armaduras, espadas, bestas, armas de fogo.
Alianças: Apoio de povos rivais dos astecas e incas.
4. Consequências para os povos nativos
Dizimação populacional: Aproximadamente 80% de mortalidade no século da conquista.
Perda de terras e liberdade: Submissão ao domínio espanhol.
Exploração: Trabalho forçado em minas e lavouras.
Destruição cultural: Imposição da religião e cultura europeias.
Resistência e fuga: Tentativas de manter a autonomia.
Defesa dos indígenas: Atuação de Frei Bartolomé de Las Casas denunciando a violência.
Estimular a troca entre os grupos para comparar
interpretações e ampliar o entendimento do tema.
Encerrar com uma breve síntese coletiva, reforçando o papel da resistência indígena e a relevância histórica das fontes que denunciam a violência da conquista.
Material didático:
Texto: Seduc GO, NetEscola 7º ano, Terceiro Bimestre.
🔖ATIVIDADE AVALIATIVA🎒
Produzir, individualmente, um mapa mental com as informações centrais do texto, destacando:
Contexto da conquista
Povos conquistados
Três fatores da vitória espanhola
Uma consequência social ou cultural
🔖ATIVIDADE AVALIATIVA FLEXIBILIZADA🎒
1. Alunos com déficit intelectual que sabem ler
Completar atividade de associação (cartões ou folha impressa) ligando termos-chave a seus significados (ex.: varíola → doença que dizimou nativos).
Montar sequência de imagens em ordem cronológica (chegada de Colombo → Tratado de Tordesilhas → batalha → queda das populações nativas).
2. 🧠 Aluno com Síndrome de Down (não sabe ler nem
escrever)
Solicitar que o aluno organize as imagens na ordem correta com ajuda verbal do professor.
Realizar pergunta oral simples sobre uma das imagens (ex.: "O que está acontecendo nesta imagem?") para avaliar compreensão visual.
3. 🧑🦽 Aluno com paralisia
cerebral (não lê, não escreve, nem se comunica efetivamente)
Solicitar respostas por apontar, piscar ou acenar para identificar:
Quem são os espanhóis na imagem
Quem são os povos nativos
Qual imagem mostra a chegada de Colombo
4. 🌿 Aluno indígena xavante (idioma Akwẽ/Acuen)
Solicitar produção oral (no idioma ou em português) relatando:
Quem chegou à América em 1492
Quais povos viviam lá antes
Um fator que ajudou os espanhóis a vencer
Utilizar materiais visuais para apoiar a fala.
MATERIAL:
A CONQUISTA DA AMÉRICA ESPANHOLA
1. A conquista da América espanhola foi o nome dado ao processo de dominação dos espanhóis sobre os nativos encontrados na América recém-descoberta. A conquista da América foi um dos maiores empreendimentos realizados pela Espanha em sua história. A chegada da expedição de Cristóvão Colombo na América, em 1492, iniciou um processo que levou ao domínio dos povos indígenas e foi o auge de um longo processo de exploração do Atlântico durante todo o século XV. O objetivo inicial de Colombo era alcançar a Ásia – chamada de “Índias” –, entretanto, a expedição de Colombo resultou na chegada dos europeus ao continente americano e iniciou o processo de ocupação e colonização. A conquista da América espanhola ocorreu, principalmente, por meio da violência, o que foi bastante ressaltado em relatos da época. Os contatos iniciais amigáveis logo foram superados pela ambição do espanhol de conquistar e explorar, principalmente à procura de metais preciosos.
2. Com a chegada dos espanhóis em 1492, Isabel de Castela e Fernando de Aragão, conhecidos também como os reis católicos, fizeram uso da sua influência – conquistada após anos de lutas contra os muçulmanos da Península Ibérica – com a Igreja Católica e, assim, surgiu o Tratado de Tordesilhas, de 1494. O aval da Igreja Católica durante o século XV era extremamente importante porque as decisões decretadas pelo Papa estavam acima das decisões dos reis. O Tratado estipulou uma linha imaginária sobre a América. Assim, as terras descobertas a oeste da linha foram nomeadas como posse da Espanha e as terras descobertas a leste foram nomeadas como posse de Portugal. Nas terras que foram consideradas espanholas pela Igreja, estavam duas grandes civilizações: astecas e incas. Essas civilizações eram conhecidas pelo avançado estilo de vida, possuindo um largo conhecimento sobre inúmeros assuntos, além de possuírem grandes construções e formarem sociedades extremamente complexas e organizadas.
3. Os espanhóis haviam passado séculos lutando contra os muçulmanos na Península Ibérica em um processo chamado de Reconquista. Assim, viram nas expedições à América uma nova reconquista, uma vez que os povos nativos não eram cristãos. Sobre a conquista da América, é importante considerar que quase não havia financiamentos da Coroa para as expedições, que, em geral, eram financiadas por banqueiros interessados no retorno financeiro dessas expedições caso fossem encontrados metais preciosos. Entretanto, era necessária uma autorização da Coroa para que uma expedição fosse realizada. Hoje, sabe-se que inúmeras expedições foram realizadas de maneira clandestina. Toda expedição autorizada pela Coroa tinha como obrigação o pagamento do quinto de imposto (a cobrança de 1/5 ou 20%) de todas as riquezas obtidas. A história nos conta a vitória dos espanhóis sobre os nativos à custa do extermínio destes. Na maioria dos casos, os espanhóis lutavam em cenários extremamente adversos, pois estavam em número consideravelmente inferior ao dos nativos.
4. Apesar disso, existem motivos que ajudam a entender a vitória dos espanhóis:
4.1 Doenças: o contato dos nativos com doenças trazidas pelos europeus foi mortal. A varíola, principalmente, dizimou vilas e tribos inteiras de maneira epidêmica e fulminante;
4.2 Superioridade de armas: as armas utilizadas pelos espanhóis eram notadamente superiores, pois as armaduras de metal dos espanhóis garantiam importante proteção, além do uso de espadas, bestas, arcabuzes etc.
4.3 Alianças: a conquista dos incas e astecas só foi possível porque inúmeros outros povos conquistados por incas e astecas aliaram-se aos espanhóis na esperança de se libertarem dos seus algozes.
5. Nos primeiros anos, a colonização espanhola aconteceu apenas nas ilhas do Caribe, com a implantação de cidades e da mineração de aluvião. Rapidamente as populações nativas do Caribe foram quase completamente dizimadas. Em várias partes da América, entretanto, houve resistências dos nativos, que lutaram para sobreviver. Outros, em contrapartida, optaram por fugir. Além disso, muitos espanhóis tentaram defender os nativos, denunciando as violências cometidas. O bispo Frei Bartolomé de Las Casas foi o maior nome na defesa dos índios contra a violência espanhola. Mesmo assim, a mortalidade foi gigantesca e estima-se que cerca de 80% da população nativa original tenha morrido durante o século da conquista.
Nossa aula foi:
7ºA,
7ºB,
O mundo moderno e a conexão entre sociedades africanas, americanas e europeias.
(GO-EF07HI08-A) Compreender as formas de
organização das sociedades pré-colombianas, Maias, Incas e Astecas, no tempo da conquista e suas formas de luta e resistência ao domínio espanhol, com destaque para os sistemas religiosos já existentes nas Américas antes da chegada dos europeus.
Matriz de Habilidades Essenciais
Analisar a conquista dos Astecas, Incas e Maias pelos espanhóis, considerando alianças, conflitos e formas de resistência.
A conquista da América e as formas de organização política dos indígenas e europeus: conflitos, dominação e conciliação:
Formas de organização das sociedades pré-colombianas, conflitos e resistências
Os objetivos da aula são:
Compreender o processo histórico da conquista da América Espanhola.
Identificar as causas e consequências do domínio espanhol sobre povos nativos.
Analisar fatores que explicam a vitória dos espanhóis (doenças, armas, alianças).
Refletir sobre os impactos culturais, sociais e populacionais da conquista.
Para tanto, nos serviremos da seguinte estrutura de aula:
Apresentar o tema e contextualizar o cenário europeu no final do século XV, conectando com o conteúdo anterior sobre Grandes Navegações.
Distribuir o texto "A Conquista da América Espanhola" para leitura individual ou em pares.
Orientar os alunos a destacar palavras-chave no texto.
Conquista da América Espanhola – Processo de dominação realizado pelos espanhóis sobre os povos nativos da América recém-descoberta, iniciado com a chegada de Cristóvão Colombo em 1492 e marcado pela violência e exploração.
Cristóvão Colombo – Navegador genovês que, buscando chegar às “Índias”, chegou ao continente americano em 1492, dando início à conquista e colonização espanhola.
Tratado de Tordesilhas (1494) – Acordo mediado pela Igreja Católica que dividiu as terras descobertas no “Novo Mundo” entre Espanha (oeste) e Portugal (leste) por meio de uma linha imaginária.
A Igreja Católica – Instituição que exercia grande influência política no século XV, cujas decisões do Papa estavam acima das dos reis.
Astecas – Civilização que vivia na região do atual México, caracterizada por avançado conhecimento em diversas áreas, grandes construções e organização social complexa.
Incas – Civilização que habitava a região dos Andes (principalmente o atual Peru), com sociedade complexa, obras monumentais e saberes desenvolvidos.
Reconquista – Processo histórico em que os reinos cristãos da Península Ibérica expulsaram os muçulmanos após séculos de conflitos, antecedendo as expedições marítimas.
Metais preciosos – Recursos minerais como ouro e prata, alvo principal da exploração e motivação econômica das expedições espanholas.
Quinto – Imposto de 20% (um quinto) sobre as riquezas obtidas, pago obrigatoriamente à Coroa nas expedições autorizadas.
Doenças – Patógenos trazidos pelos europeus, como a varíola, que provocaram mortalidade massiva entre os povos nativos por falta de imunidade.
Varíola – Doença contagiosa e letal que dizimou grande parte da população nativa americana após o contato com os europeus.
Superioridade de armas – Vantagem militar dos espanhóis, que possuíam armaduras de metal, espadas, bestas e armas de fogo, garantindo maior poder de combate.
Alianças – Apoio de outros povos indígenas que já eram dominados por astecas e incas, unindo-se aos espanhóis na esperança de se libertarem.
Colonização – Processo de ocupação e exploração dos territórios conquistados pelos espanhóis, com implantação de cidades, mineração e uso da mão de obra nativa.
Caribe – Primeira região colonizada pelos espanhóis, onde ocorreu rápida dizimação das populações nativas.
Resistência indígena – Movimentos de luta e oposição dos povos nativos contra a dominação espanhola.
Fuga – Estratégia de alguns povos nativos que optaram por abandonar seus territórios para escapar da dominação.
Frei Bartolomé de Las Casas – Bispo espanhol e defensor dos povos indígenas, denunciando a violência cometida pelos conquistadores.
Mortalidade indígena – Redução drástica da população nativa, estimada em cerca de 80% durante o século da conquista, causada por doenças, violência e exploração.
"Quais foram os principais fatores que permitiram a vitória dos espanhóis sobre os povos nativos e quais foram as consequências para esses povos?"
Fatores que permitiram a vitória dos espanhóis
Doenças – O contato dos nativos com doenças trazidas pelos europeus, especialmente a varíola, provocou a morte de grande parte da população indígena, enfraquecendo sua capacidade de resistência.
Superioridade de armas – Os espanhóis possuíam armaduras de metal, espadas, bestas e armas de fogo (arcabuzes), o que lhes deu vantagem decisiva nas batalhas.
Alianças – Povos que eram dominados por astecas e incas se aliaram aos espanhóis na esperança de se libertarem, fornecendo apoio militar e estratégico.
Consequências para os povos nativos
Dizimação populacional – Estima-se que cerca de 80% da população indígena tenha morrido no século da conquista, principalmente por doenças e violência.
Perda de territórios e liberdade – Os nativos foram submetidos ao domínio espanhol, perdendo o controle de suas terras.
Exploração e escravização – Muitos foram forçados ao trabalho nas minas e plantações, sendo explorados de forma violenta.
Destruição cultural – Tradições, religiões e modos de vida foram desestruturados pela imposição da cultura e da religião europeias.
Resistência e fuga – Parte dos povos tentou resistir à conquista; outros optaram por fugir para evitar o domínio.
1. Contexto histórico da conquista
Ano de início: 1492, com a chegada de Cristóvão Colombo à América.
Objetivo inicial: Atingir a Ásia (“Índias”) pelo Atlântico.
Motivações: Busca de metais preciosos e expansão territorial/religiosa.
Tratado de Tordesilhas (1494): Divisão das terras descobertas entre Espanha e Portugal.
Influência da Igreja Católica: Apoio político e religioso às expedições.
Semelhança com a Reconquista: Conquista de povos não cristãos.
Astecas: Localizados no atual México, possuíam grandes construções, sociedade organizada e conhecimento avançado.
Incas: Localizados nos Andes (Peru), também com organização complexa, obras monumentais e conhecimentos diversos.
Povos do Caribe: Primeiros a sofrer colonização e dizimação quase total.
Doenças: Varíola e outras epidemias dizimaram populações inteiras.
Superioridade de armas: Armaduras, espadas, bestas, armas de fogo.
Alianças: Apoio de povos rivais dos astecas e incas.
Dizimação populacional: Aproximadamente 80% de mortalidade no século da conquista.
Perda de terras e liberdade: Submissão ao domínio espanhol.
Exploração: Trabalho forçado em minas e lavouras.
Destruição cultural: Imposição da religião e cultura europeias.
Resistência e fuga: Tentativas de manter a autonomia.
Defesa dos indígenas: Atuação de Frei Bartolomé de Las Casas denunciando a violência.
Encerrar com uma breve síntese coletiva, reforçando o papel da resistência indígena e a relevância histórica das fontes que denunciam a violência da conquista.
Material didático:
Texto: Seduc GO, NetEscola 7º ano, Terceiro Bimestre.
Produzir, individualmente, um mapa mental com as informações centrais do texto, destacando:
Contexto da conquista
Povos conquistados
Três fatores da vitória espanhola
Uma consequência social ou cultural
1. Alunos com déficit intelectual que sabem ler
Completar atividade de associação (cartões ou folha impressa) ligando termos-chave a seus significados (ex.: varíola → doença que dizimou nativos).
Montar sequência de imagens em ordem cronológica (chegada de Colombo → Tratado de Tordesilhas → batalha → queda das populações nativas).
Solicitar que o aluno organize as imagens na ordem correta com ajuda verbal do professor.
Realizar pergunta oral simples sobre uma das imagens (ex.: "O que está acontecendo nesta imagem?") para avaliar compreensão visual.
Solicitar respostas por apontar, piscar ou acenar para identificar:
Quem são os espanhóis na imagem
Quem são os povos nativos
Qual imagem mostra a chegada de Colombo
Solicitar produção oral (no idioma ou em português) relatando:
Quem chegou à América em 1492
Quais povos viviam lá antes
Um fator que ajudou os espanhóis a vencer
Utilizar materiais visuais para apoiar a fala.
A CONQUISTA DA AMÉRICA ESPANHOLA
1. A conquista da América espanhola foi o nome dado ao processo de dominação dos espanhóis sobre os nativos encontrados na América recém-descoberta. A conquista da América foi um dos maiores empreendimentos realizados pela Espanha em sua história. A chegada da expedição de Cristóvão Colombo na América, em 1492, iniciou um processo que levou ao domínio dos povos indígenas e foi o auge de um longo processo de exploração do Atlântico durante todo o século XV. O objetivo inicial de Colombo era alcançar a Ásia – chamada de “Índias” –, entretanto, a expedição de Colombo resultou na chegada dos europeus ao continente americano e iniciou o processo de ocupação e colonização. A conquista da América espanhola ocorreu, principalmente, por meio da violência, o que foi bastante ressaltado em relatos da época. Os contatos iniciais amigáveis logo foram superados pela ambição do espanhol de conquistar e explorar, principalmente à procura de metais preciosos.
2. Com a chegada dos espanhóis em 1492, Isabel de Castela e Fernando de Aragão, conhecidos também como os reis católicos, fizeram uso da sua influência – conquistada após anos de lutas contra os muçulmanos da Península Ibérica – com a Igreja Católica e, assim, surgiu o Tratado de Tordesilhas, de 1494. O aval da Igreja Católica durante o século XV era extremamente importante porque as decisões decretadas pelo Papa estavam acima das decisões dos reis. O Tratado estipulou uma linha imaginária sobre a América. Assim, as terras descobertas a oeste da linha foram nomeadas como posse da Espanha e as terras descobertas a leste foram nomeadas como posse de Portugal. Nas terras que foram consideradas espanholas pela Igreja, estavam duas grandes civilizações: astecas e incas. Essas civilizações eram conhecidas pelo avançado estilo de vida, possuindo um largo conhecimento sobre inúmeros assuntos, além de possuírem grandes construções e formarem sociedades extremamente complexas e organizadas.
3. Os espanhóis haviam passado séculos lutando contra os muçulmanos na Península Ibérica em um processo chamado de Reconquista. Assim, viram nas expedições à América uma nova reconquista, uma vez que os povos nativos não eram cristãos. Sobre a conquista da América, é importante considerar que quase não havia financiamentos da Coroa para as expedições, que, em geral, eram financiadas por banqueiros interessados no retorno financeiro dessas expedições caso fossem encontrados metais preciosos. Entretanto, era necessária uma autorização da Coroa para que uma expedição fosse realizada. Hoje, sabe-se que inúmeras expedições foram realizadas de maneira clandestina. Toda expedição autorizada pela Coroa tinha como obrigação o pagamento do quinto de imposto (a cobrança de 1/5 ou 20%) de todas as riquezas obtidas. A história nos conta a vitória dos espanhóis sobre os nativos à custa do extermínio destes. Na maioria dos casos, os espanhóis lutavam em cenários extremamente adversos, pois estavam em número consideravelmente inferior ao dos nativos.
4. Apesar disso, existem motivos que ajudam a entender a vitória dos espanhóis:
4.1 Doenças: o contato dos nativos com doenças trazidas pelos europeus foi mortal. A varíola, principalmente, dizimou vilas e tribos inteiras de maneira epidêmica e fulminante;
4.2 Superioridade de armas: as armas utilizadas pelos espanhóis eram notadamente superiores, pois as armaduras de metal dos espanhóis garantiam importante proteção, além do uso de espadas, bestas, arcabuzes etc.
4.3 Alianças: a conquista dos incas e astecas só foi possível porque inúmeros outros povos conquistados por incas e astecas aliaram-se aos espanhóis na esperança de se libertarem dos seus algozes.
5. Nos primeiros anos, a colonização espanhola aconteceu apenas nas ilhas do Caribe, com a implantação de cidades e da mineração de aluvião. Rapidamente as populações nativas do Caribe foram quase completamente dizimadas. Em várias partes da América, entretanto, houve resistências dos nativos, que lutaram para sobreviver. Outros, em contrapartida, optaram por fugir. Além disso, muitos espanhóis tentaram defender os nativos, denunciando as violências cometidas. O bispo Frei Bartolomé de Las Casas foi o maior nome na defesa dos índios contra a violência espanhola. Mesmo assim, a mortalidade foi gigantesca e estima-se que cerca de 80% da população nativa original tenha morrido durante o século da conquista.
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