Aula 119 Racismo Estrutural e Desigualdades Sociais

TEMA: Racismo Estrutural e Desigualdades Sociais
Nossa aula foi:
7ºA, sexta-feira, 17 de outubro de 2025.
7ºB, terça-feira, 14 de outubro de 2025.
 
EIXO TEMÁTICO
O mundo moderno e a conexão entre sociedades africanas, americanas e europeias.
 
HABILIDADES
(GO-EF07HI12-A) Identificar e refletir sobre a complexidade da formação do povo brasileiro, os diferentes processos de miscigenação, assim como sobre o conceito de democracia racial, originário do mesmo.
Matriz de Habilidades Essenciais
Avaliar as interações entre europeus e indígenas no início da colonização e a diversidade étnico-racial e cultural da população brasileira.
 
OBJETIVOS DE CONHECIMENTOS
Resistências indígenas, invasões e expansão na América portuguesa:
 
CONTEÚDO
Análise de documentos históricos das sociedades americanas no período colonial
 
METODOLOGIA:
Os objetivos da aula são:
Compreender o conceito de racismo estrutural e sua relação com desigualdades sociais no Brasil.
Relacionar fatos históricos com suas implicações sociais e raciais contemporâneas.
Identificar elementos culturais e históricos que contribuem para a formação da identidade brasileira.
Distinguir fato de opinião e inferir informações no texto base.
Realizar interpretação e construção de representações gráficas ou visuais relacionadas ao tema.
 
Para tanto, nos serviremos da seguinte estrutura de aula:
Metodologia ativa utilizada: Roda de conversa com análise de documento histórico + Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP)
Apresentar os objetivos da aula e contextualizar o texto no terceiro bimestre, destacando sua origem (Seduc GO, NetEscola 7º ano).
 
Organizar os alunos em grupos de trabalho para leitura compartilhada do texto “Racismo Estrutural e Desigualdades Sociais”.
 
Propor perguntas disparadoras que incentivem a comparação entre o texto e situações cotidianas.
 
1. Como o texto mostra que o racismo ainda está presente na sociedade brasileira, mesmo após o fim da escravidão?
Resposta orientadora: O texto relaciona o racismo ao passado histórico do Brasil, explicando que a desigualdade entre brancos, negros e indígenas foi construída desde a formação do país e persiste por meio do racismo estrutural — ou seja, práticas e costumes que discriminam de forma velada na sociedade e nas instituições.
 
2. Você consegue identificar alguma situação do dia a dia em que pessoas sejam tratadas de maneira diferente por causa da cor da pele ou origem social?
Resposta orientadora: Sim, exemplos podem incluir abordagens policiais mais violentas contra pessoas negras, diferenças de salário entre grupos étnicos ou menor representatividade de negros em cargos de liderança e na mídia.
 
3. O texto fala que o racismo e a desigualdade social estão relacionados. De que forma isso aparece no cotidiano da comunidade em que vivemos?
Resposta orientadora: Aparece quando pessoas de classes sociais mais baixas, muitas vezes negras, têm menos acesso à educação, saúde e emprego. Esse ciclo mantém desigualdades que têm origem histórica.
 
4. O monumento descrito no texto representa a união de três raças – negra, branca e indígena. Você acredita que essa união ocorre de forma justa na prática? Por quê?
Resposta orientadora: Nem sempre. Apesar do ideal de união, ainda existem desigualdades raciais e culturais; o monumento simboliza um objetivo de convivência igualitária que ainda precisa ser alcançado de fato.
 
5. A ONU criou um documento sobre igualdade de direitos entre todos os seres humanos. Como esse tipo de iniciativa pode influenciar atitudes no nosso dia a dia?
Resposta orientadora: Pode incentivar políticas públicas e comportamentos mais inclusivos, promovendo respeito entre as pessoas e combatendo práticas discriminatórias nas escolas e no trabalho.
 
6. O texto fala que muitos negam o racismo estrutural porque acreditam na “igualdade perante a lei”. Você acha que a lei, sozinha, garante igualdade na prática?
Resposta orientadora: Não totalmente. Apesar de haver leis que proíbem o racismo, práticas discriminatórias continuam acontecendo. A mudança depende também de educação, empatia e conscientização social.
 
7. Você já presenciou ou ouviu falar de alguma atitude racista? Como foi resolvida a situação? O que poderia ter sido feito de forma diferente?
Resposta orientadora: Respostas podem variar, mas o objetivo é levar o aluno a refletir sobre formas de enfrentamento do racismo, como diálogo, denúncia ou busca de ajuda junto a professores e responsáveis.
 
8. De que maneira a escola pode contribuir para combater a desigualdade racial e social?
Resposta orientadora: A escola pode promover debates, valorizar a cultura afro-brasileira e indígena, adotar projetos pedagógicos com foco em igualdade e incluir todos os alunos sem distinção.
 
9. O texto cita a palavra “miscigenação”. O que ela significa e como se manifesta nas nossas famílias e comunidades?
Resposta orientadora: Miscigenação significa mistura de povos, raças e culturas. No cotidiano, está presente nas características físicas, tradições, culinária e costumes do povo brasileiro.
 
10. Como as ideias de racismo estrutural e desigualdade social podem ser representadas em dados matemáticos ou gráficos?
Resposta orientadora: Pode-se representar, por exemplo, o percentual de negros com acesso ao ensino superior, diferenças salariais por cor de pele ou estatísticas de violência, transformando informações sociais em gráficos para análise crítica.
 
Alinhamento com descritores sensíveis – Língua Portuguesa:
7º ano: D042_P Reconhecer o efeito de sentido produzido pelo uso de figuras de linguagem; D023_P Inferir informações em textos.
8º ano: D027_P Distinguir ideias centrais de secundárias; D030_P Reconhecer elementos narrativos e conflitos.
9º ano: D044_P Identificar marcas linguísticas; D038_P Distinguir fato de opinião.
 
Alinhamento com descritores sensíveis – Matemática:
7º ano: D029_M Reconhecer figuras obtidas por transformações geométricas; D037_M Utilizar área de figuras bidimensionais.
8º ano: D053_M Resolver problemas com tabelas/gráficos.
9º ano: D002_M Associar equação linear a reta no plano cartesiano.
 
Material didático:
Texto: Seduc GO, NetEscola 7º ano, Terceiro Bimestre.
 
🔖ATIVIDADE AVALIATIVA🎒
Leitura e interpretação do texto, respondendo questões sobre racismo estrutural e desigualdade social.
 
Exercício para identificar fato/opinião e figuras de linguagem no texto.
 
Atividade matemática com representação gráfica dos dados presentes ou inferidos.
 
🔖ATIVIDADE AVALIATIVA FLEXIBILIZADA🎒
1. Alunos com déficit intelectual que sabem ler
Texto adaptado com frases mais curtas e palavras de alta frequência.
 
Questões de múltipla escolha ilustradas com ícones representando conceitos.
 
Representações gráficas simplificadas com legendas claras.
 
2. 🧠 Aluno com Síndrome de Down (não sabe ler nem escrever)
Apresentação oral e visual do texto (imagens, vídeos).
 
Atividade de associação de imagens com conceitos (monumento, igualdade, discriminação).
 
Resposta por escolha de cartões ilustrados para indicar entendimento.
 
3. 🧑‍🦽 Aluno com paralisia cerebral (não lê, não escreve, nem se comunica efetivamente)
Uso de material tátil representando monumento e conceitos-chave.
 
Observação da interação com o material (expressões faciais, gestos).
 
Registro da participação em contexto de mediação assistida.
 
4. 🌿 Aluno indígena xavante (idioma Akwẽ/Acuen)
Tradução e mediação oral do texto para o idioma Akwén/Aquém.
 
Atividade com imagens representando os elementos históricos e sociais narrados.
 
Registro da oralidade por áudio, caso possível, ou observação da participação nas atividades coletivas.
 
MATERIAL:
Racismo Estrutural e Desigualdades Sociais
1. Por conta do passado histórico e da formação do Brasil, a questão racial e a questão social estão diretamente relacionadas tornando difícil a percepção de seus limites. O ponto de partida desigual entre brancos, índios e negros na construção da sociedade brasileira, cria uma identidade comum entre as duas questões (raciais e sociais).
2. Associada à ideia de possibilidade de transição social, que na forma da lei, não discrimina negros ou brancos, cria-se um modelo de disseminação de desigualdades que está para além da questão racial. Assim sendo, a grande parcela da população branca que vive em condições de vulnerabilidade sublima o chamado racismo estrutural, que marginaliza a população negra. Desse modo, é preciso compreender que o Brasil, dentro de toda a sua particularidade sociocultural, necessita conjugar as questões de classe e raça para alcançar um ideal de justiça social.
3. Devido ao passado de escravidão, racismo e exploração de territórios africanos por parte de nações europeias que deixou uma imensa cicatriz de preconceito e discriminação em nossa sociedade, além do terrível holocausto que sentenciou à morte injusta milhões de judeus, a Organização das Nações Unidas (ONU) promulga um documento, que enfatiza a igualdade de direitos entre todos os seres humanos, independentemente de raça, cor, religião, nacionalidade ou gênero. O reconhecimento de direitos iguais por parte da ONU consiste num importante passo para o estabelecimento da democracia racial no mundo.
4. Na nossa capital do estado de Goiás existe um monumento que foi criado em 1968 pela artista plástica Neusa Moraes. Trata-se de uma estrutura fundida com trezentos quilos de bronze e possui sete metros. Simboliza a miscigenação de três raças – negro, branco e índio, que houve e há na formação das características genéticas e culturais do povo goiano.

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