Aula 123 A composição étnica da população brasileira

TEMA: A composição étnica da população brasileira
Nossa aula foi:
7ºA, terça-feira, 21 de outubro de 2025.
7ºB, segunda-feira, 20 de outubro de 2025.
 
EIXO TEMÁTICO
O mundo moderno e a conexão entre sociedades africanas, americanas e europeias.
 
HABILIDADES
(GO-EF07HI12-A) Identificar e refletir sobre a complexidade da formação do povo brasileiro, os diferentes processos de miscigenação, assim como sobre o conceito de democracia racial, originário do mesmo.
Matriz de Habilidades Essenciais
Avaliar as interações entre europeus e indígenas no início da colonização e a diversidade étnico-racial e cultural da população brasileira.
 
OBJETIVOS DE CONHECIMENTOS
Resistências indígenas, invasões e expansão na América portuguesa:
 
CONTEÚDO
Análise de documentos históricos das sociedades americanas no período colonial
 
METODOLOGIA:
Os objetivos da aula são:
Compreender o funcionamento do sistema colonial e suas implicações sociais, econômicas e culturais.
Identificar os papéis de metrópole e colônia e as relações de dominação e subordinação.
Relacionar o sistema colonial à formação étnica e à diversidade cultural brasileira.
Inferir informações e distinguir fatos e opiniões nos textos históricos.
Representar graficamente ou geometricamente conceitos relacionados (territórios, trocas comerciais).
 
Para tanto, nos serviremos da seguinte estrutura de aula:
Metodologia ativa utilizada: Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) com recurso de Rotação por Estações
Apresentar os objetivos da aula e contextualizar o texto A composição étnica da população brasileira.
 
Organizar a turma em estações de aprendizagem (4 grupos):
Estação 1 – Leitura e Interpretação: leitura guiada e debate sobre os parágrafos 1 a 3.
Descritores de Língua Portuguesa:
7º ano: D023_P Inferir informações em textos.
9º ano: D038_P Distinguir um fato da opinião.
 
Itens de registro esperados
Anotar a ideia central do parágrafo 1: definição de “sistema colonial” como relação de dominação e subordinação entre metrópoles e colônias na Época Moderna, vinculada ao mercantilismo e à expansão marítima europeia, identificando isso como fatos, pois são informações históricas verificáveis.
 
Inferir a causa e o período: concluir que a expansão marítima e a revolução comercial foram condições que impulsionaram o sistema colonial nos séculos XVI–XVIII, mesmo quando o texto não lista todas as causas, caracterizando uma inferência coerente ao D023_P.
 
Anotar a ideia central do parágrafo 2: metrópoles como centro do sistema, com comércio exclusivo, fornecimento de manufaturados e apropriação da produção colonial, identificando linguagens que marcam fato (exclusivo, monopólio, tributos) e possíveis avaliações/opiniões em termos valorativos (por exemplo, “preços elevados” pode ser factual se houver dados, mas pode exigir cuidado para não tratar avaliação como fato).
 
Inferir consequências econômicas: deduzir que o comércio exclusivo gerou dependência das colônias e transferência de riqueza para as metrópoles, mesmo que o trecho não explicite “dependência” com essa palavra, atendendo ao D023_P.
 
Anotar a ideia central do parágrafo 3: distinção entre “colônias” e “feitorias”, com colônias focadas em produção especializada e feitorias focadas em trocas, classificando como fatos estruturais do sistema.
 
Distinguir fato de opinião em trechos ambíguos: registrar que afirmações comprováveis sobre “produção de gêneros do mercado” são fatos, enquanto julgamentos sem evidência textual clara devem ser marcados como opinião até que fontes externas confirmem seu caráter factual, atendendo ao D038_P.
 
Exemplos de evidências textuais e marcações
Sublinhar termos que sinalizam factualidade histórica: “expansão marítima europeia”, “século XVI”, “mercantilista”, “monopólio”, “exclusivo”, “tributos”, indicando que são marcas linguísticas associadas a descrição histórica e não a avaliação pessoal.
 
Circular expressões potencialmente opinativas ou avaliativas quando o texto não apresenta prova interna imediata, registrando como hipótese de opinião até verificação, cumprindo o descritor D038_P.
 
Quadros de síntese que devem produzir
Quadro “Fato x Opinião” com duas colunas: na coluna de fato, listar a definição do sistema colonial, o período de vigência e a função das metrópoles e colônias; na coluna de opinião, listar enunciados com adjetivos avaliativos ou generalizações sem suporte explícito no trecho lido.
 
Mapa conceitual de causalidade: “expansão marítima” → “mercantilismo” → “sistema colonial” → “exclusivo/metrópole” → “produção especializada/colônia”, destacando com setas a lógica inferida que não está toda escrita literalmente (D023_P).
 
Estação 2 – Análise Linguística: identificação de expressões que indicam relações de poder e desigualdade (uso de termos como “dominação”, “subordinação”, “monopólio”).
Descritores de Língua Portuguesa:
8º ano: D027_P Distinguir ideias centrais de secundárias.
9º ano: D044_P Identificar marcas linguísticas.
 
Lista de marcas linguísticas a identificar
“dominação”: termo núcleo que indica relação assimétrica de poder entre metrópole e colônia, devendo ser marcado como ideia central por nomear a relação estruturante do sistema.
 
“subordinação”: termo complementar à dominação, descrevendo a posição da colônia na hierarquia, compondo o par conceitual central do enunciado histórico.
 
“monopólio” e “exclusivo” (ou “exclusivo colonial”/“exclusivo de navegação”): marcas de controle econômico e jurídico que operacionalizam a dominação, devendo ser registradas como conceitos centrais operacionais.
 
“tributos” e “preços elevados”: léxico que indica mecanismos materiais de extração de riqueza, com “tributos” como central e “preços elevados” como detalhe contextual que pode ser secundário se não for tese do parágrafo.
 
“produção especializada” e “apropriação da produção”: termos que sinalizam a função econômica da colônia e a captura metropolitana, compondo ideias centrais do funcionamento do sistema.
 
“mão de obra escrava” e “manufaturados”: pares léxicos que indicam papéis econômicos distintos (força de trabalho e bens produzidos), devendo ser destacados como ideias centrais por caracterizar o circuito mercantil.
 
Classificação: ideias centrais x secundárias
Ideias centrais esperadas: definição do sistema colonial como relação de dominação/subordinação; mecanismos de controle (monopólio/exclusivo/tributos); papéis de metrópole e colônia (fornecimento de manufaturados, apropriação da produção); função econômica da colônia (produção especializada).
 
Ideias secundárias esperadas: qualificadores circunstanciais (por exemplo, intensidade “elevados”), exemplos ilustrativos não estruturantes do conceito, e detalhes que ampliam o cenário sem alterar a tese do parágrafo.
 
Evidências linguísticas a anotar no caderno
Palavras-chave sublinhadas e copiadas com setas explicando sua função no argumento: “dominação → hierarquia de poder”; “monopólio → controle do comércio” (marcas linguísticas que orientam o sentido).
 
Conectores e nomes de instituições/processos que ajudam a reconhecer centralidade: termos que nomeiam entidades sistêmicas (“metrópole”, “colônia”) e regras (“pacto”, “exclusivo”, “monopólio”) como pistas para D044_P.
 
Roda de conversa final (plenária): cada grupo compartilha o que aprendeu e relaciona com situações cotidianas (exploração de recursos, desigualdade, comércio atual).
 
Material didático:
Texto: Seduc GO, NetEscola 7º ano, Terceiro Bimestre.
 
🔖ATIVIDADE AVALIATIVA🎒
Produzir síntese escrita ou em mapa conceitual explicando as relações entre metrópole e colônia.
 
Atividade de interpretação: distinguir fatos e opiniões no texto.
 
Representação matemática: construção de gráfico ou infográfico sobre a economia colonial.
 
Critérios: participação, coerência histórica, domínio de conceitos e clareza na comunicação.
 
🔖ATIVIDADE AVALIATIVA FLEXIBILIZADA🎒
1. Alunos com déficit intelectual que sabem ler
Ler versão simplificada do texto, com frases curtas e glossário ilustrado.
 
Responder a perguntas de múltipla escolha com imagens (ex.: “Quem dominava quem?”).
 
Realizar atividade de colagem com bandeiras e produtos que saíam das colônias.
 
2. 🧠 Aluno com Síndrome de Down (não sabe ler nem escrever)
Apresentação oral e visual (vídeo ou imagens) sobre as trocas entre metrópole e colônia.
 
Associação de imagens: ligar produtos e regiões (ex.: açúcar → colônia, tecidos → metrópole).
 
Registro da aprendizagem por meio de observação e registro docente.
 
3. 🧑‍🦽 Aluno com paralisia cerebral (não lê, não escreve, nem se comunica efetivamente)
Exploração tátil de mapas em relevo, figuras geométricas e objetos representando metrópole e colônia.
 
Acompanhamento das reações e expressões corporais durante a mediação sensorial.
 
Registro da participação por observação estruturada.
 
4. 🌿 Aluno indígena xavante (idioma Akwẽ/Acuen)
Tradução oral dos principais termos do texto (metrópole, colônia, troca, produção) para o idioma Akwén.
 
Uso de imagens e objetos concretos para representar o ciclo de trocas comerciais.
 
Registro oral em Akwén, com auxílio de mediador bilíngue, sobre o que compreendeu da dinâmica entre colônia e metrópole.
 
MATERIAL:
A composição étnica da população brasileira
1. Sistema colonial é o conjunto de relações de dominação e subordinação envolvendo metrópoles e colônias durante a época moderna. Relações mantidas entre áreas metropolitanas e áreas periféricas eram diretas e exclusivas. Originando-se da expansão marítima europeia, em meados do século XVI, o sistema comercial mercantilista, também conhecido como Sistema Colonial Tradicional, estendeu-se até o século XVIII, quando entrou em crise. A denominação mercantilista vincula esse tipo de colonialismo à revolução comercial.
2. Áreas metropolitanas era o centro do sistema colonial, as metrópoles que disputavam e estabeleciam áreas de influência na América, na África e na Ásia. As metrópoles asseguravam de forma exclusiva o abastecimento das colônias fornecendo produtos manufaturados e a mão-de-obra escrava sempre com preços elevados. Por outro lado, garantiam a apropriação de toda a produção colonial, sempre a preços baixos revendendo-a por preços mais altos no mercado europeu. Além disso, gravava o mundo colonial com tributos, que as vezes eram excessivos.
3. Áreas coloniais correspondia à periferia do sistema colonial. Porções de terra localizadas na América, África e Ásia, onde se localizavam as colônias e feitorias. As primeiras áreas colônias, no continente americano, operam na área de produção especializada de gêneros do mercado, já as feitorias, típicas da África e Ásia, operavam na área de trocas de mercadorias.
4. As colônias eram focadas na produção de especiarias para o abastecimento da metrópole, principalmente de produtos tropicais que não eram encontrados na Europa, da mesma forma na extração de metais preciosos.
5. As Relações entre Metrópole e Colônia, entres as duas áreas que formavam o Sistema Colonial existia um conjunto de regras e relações que fora chamado de Pacto Colonial. Dentre as exigências impostas pela metrópole sobre a colônia destacava-se o exclusivo e navegação coloniais, e o monopólio estatal de determinados produtos coloniais, no caso do Brasil, o pau-brasil, sal, diamantes, etc. O exclusivo ou monopólio do comércio colonial era seu elemento essencial, portanto o definidor das relações metrópole-colônia.
6. Na Produção colonial as colônias tinham a função de complementar a economia europeia, e para tal concentravam-se na produção em grande escala de alguns gêneros agrícolas, altamente lucrativos como o açúcar, algodão ou ainda de minérios. Isso tornava a produção colonial altamente especializada e voltada para os interesses da metrópole. Na montagem de um sistema produtor na América, os recursos naturais como terra eram abundantes. Os capitais de um modo geral, eram escassos e a mão-de-obra era até abundante em alguns países europeus. No entanto não havia capital para remunerá-la, a solução foi utilizar na colonização americana formas de trabalho compulsório como a servidão temporária, como a mita e encomenda.

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