Aula 125 Sistema Colonial

TEMA: Sistema Colonial
Nossa aula foi:
7ºA, sexta-feira, 31 de outubro de 2025.
7ºB, terça-feira, 21 de outubro de 2025.EIXO TEMÁTICO
Lógicas comerciais e mercantis da modernidade
 
HABILIDADES
(EF07HI13) Caracterizar a ação dos europeus e suas lógicas mercantis visando ao domínio no mundo atlântico.
 
OBJETIVOS DE CONHECIMENTOS
Resistências indígenas, invasões e expansão na América portuguesa:
 
CONTEÚDO
Mercantilismo: expansão e colonização da América, África e Oriente
 
METODOLOGIA:
Os objetivos da aula são:
Compreender o sistema colonial no contexto do mercantilismo.
Identificar papéis de metrópole e colônia nas trocas econômicas.
Distinguir fatos de opiniões no texto histórico.
Inferir informações implícitas sobre mecanismos de controle (exclusivo, monopólio).
Representar rotas comerciais e mecanismos do pacto colonial em esquema gráfico.
Relacionar ideias do texto à formação econômica e social colonial.
 
Para tanto, nos serviremos da seguinte estrutura de aula:
Preparar, antecipadamente, resumo do texto (3 parágrafos) para leitura prévia.
Realizar três estações cooperativas (15–20 min cada) com papéis de leitor, relator e curador de evidências.
 
Estação 1 – Leitura e Interpretação (parágrafos 1–3)
Ler em voz alta por turnos; sublinhar ideias centrais e pistas inferenciais.
Produzir quadro “Fato x Opinião” com 3 exemplos de cada, justificando.
Alinhamento LP: 7º ano D023_P Inferir informações em textos; 9º ano D038_P Distinguir um fato da opinião.
Resultados esperados para anotar:
Definir “pacto/exclusivo colonial” como mecanismo de controle metropolitano (fato).
Inferir que “lucros elevados” e “monopólio” implicam dependência colonial (inferência fundamentada).
Classificar avaliações (ex.: “falsa suposição de pacto”) como opinião do autor se não houver comprovação interna.
 
Anotar a ideia central de cada parágrafo em 1–2 frases, sublinhando palavras-chave que sustentem a síntese.
 
Produzir um quadro “Fato x Opinião” com 3 exemplos de cada, sempre com a justificativa e a evidência textual (trecho ou expressão do parágrafo).
 
Escrever 2–3 inferências fundamentadas (uma por parágrafo), explicando a pista textual que levou à conclusão.
 
Sínteses por parágrafo (modelo esperado)
Parágrafo 1 (ideia central): Descrever o “sistema/pacto colonial” como relação assimétrica em que a colônia existe para a metrópole, operacionalizada pelo “exclusivo colonial” e pelo monopólio metropolitano.
 
Parágrafo 2 (ideia central): Explicar que a produção colonial deve ser complementar (não concorrente) à metrópole para garantir balança comercial favorável, com compra barata e venda cara pelos metropolitanos.
 
Parágrafo 3 (ideia central): Justificar proibições às manufaturas coloniais e restrições migratórias como forma de evitar concorrência e preservar recursos e forças produtivas para a metrópole.
 
Inferências fundamentadas (exemplos esperados)
Do parágrafo 1: Inferir “dependência econômica colonial” a partir de “exclusivo colonial” + “monopólio” + “lucros elevados aos comerciantes metropolitanos”.
 
Do parágrafo 2: Inferir “transferência sistemática de riqueza das colônias para as metrópoles” com base em “comprar pelo preço mais barato possível e vender pelo mais elevado”.
 
Do parágrafo 3: Inferir “política deliberada de impedir autonomia produtiva colonial” a partir de “ponto de honra proibir manufaturas” e “limitar/proibir fluxo de imigrantes”.
 
Quadro Fato x Opinião (exemplos orientadores)
Fatos (com evidência textual):
 
Existência do “exclusivo colonial” como regra do sistema (evidência: “relações definidas através do chamado ‘exclusivo colonial’.”).
 
Complementaridade da economia colonial em relação à metrópole (evidência: “deve ser complementar e jamais concorrente”).
 
Proibição de atividades manufatureiras nas colônias (evidência: “ponto de honra proibir o aparecimento de atividades manufatureiras”).
 
Opiniões/avaliações do autor (com justificativa):
 
“Falsa suposição de pacto” — julgamento avaliativo sobre a ideia de pacto; requer fontes externas para comprovação, logo classificar como opinião no âmbito do texto.
 
“Território privilegiado, reservado” — escolha lexical avaliativa; verificar se é figura de linguagem para efeito de sentido e tratar como opinião/avaliação.
 
“Prática mercantil mais cara à ótica mercantilista” — formulação valorativa da lógica de compra barata/venda cara; marcar como apreciação do autor.
 
Marcas linguísticas a sublinhar (pistas para D023_P e D038_P)
Termos de estrutura e regra: “exclusivo colonial”, “monopólio”, “balança comercial favorável”, “proibir manufaturas”, “complementar e jamais concorrente”.
 
Conectores de causa/finalidade: “no sentido de”, “pois”, “a fim de”, “para”.
 
Léxico avaliativo (sinaliza opinião): “falsa suposição”, “ponto de honra”, “território privilegiado”.
 
Estação 2 – Análise Linguística (marcas de poder/controle)
Destacar termos: dominação, subordinação, exclusivo, monopólio, tributos, proibir, concorrência, complementar.
Classificar como ideias centrais ou secundárias e explicar função semântica no argumento.
Alinhamento LP: 8º ano D027_P Distinguir ideias centrais de secundárias; 9º ano D044_P Identificar marcas linguísticas.
Resultados esperados para anotar:
Mapear “exclusivo/monopólio” como marcas que operacionalizam a dominação (centrais).
Registrar conectores que justificam proibições (ex.: “pois”, “a fim de”) como marcas de causalidade do controle.
 
Listar e sublinhar no texto as marcas linguísticas de poder/controle: dominação, subordinação, exclusivo (exclusivo colonial/navegação), monopólio, tributos, proibir, concorrência, complementar.
 
Classificar cada termo como ideia central ou secundária e justificar em 1 frase a função semântica no argumento (o que o termo faz no texto: define regra, explica causa, impõe limite, descreve função econômica etc.).
 
Identificar e destacar conectores que justificam proibições e finalidades: “pois”, “a fim de”, “para”, “no sentido de”, “de modo a”, e anotar que eles constroem a relação de causalidade do controle metropolitano.
 
Tabela-modelo de registro (preencher em sala)
Termo: “exclusivo (colonial)” → Classificação: central → Função: nomear a regra que define as relações metrópole–colônia (mecanismo jurídico-econômico de controle).
 
Termo: “monopólio” → Classificação: central → Função: operacionalizar o exclusivo, concentrando o comércio nas mãos dos metropolitanos (mecanismo econômico).
 
Termo: “dominação” → Classificação: central → Função: indicar a assimetria de poder que estrutura o sistema colonial.
 
Termo: “subordinação” → Classificação: central → Função: descrever a posição da colônia na hierarquia metropolitana.
 
Termo: “proibir (manufaturas)” → Classificação: central → Função: expressar a política de impedir autonomia/concorrência colonial.
 
Termo: “concorrência” → Classificação: central → Função: nomear o risco a ser evitado pelo controle metropolitano.
 
Termo: “complementar (jamais concorrente)” → Classificação: central → Função: definir o papel econômico da colônia frente à metrópole.
 
Termo: “tributos” → Classificação: secundária (quando aparecer como exemplo de controle) → Função: exemplificar instrumento material de extração de riqueza.
 
Conectores de causalidade/finalidade a destacar (com exemplo de função)
“pois” → justificar a proibição de manufaturas (marca causa/razão da norma).
 
“a fim de”/“para” → indicar finalidade do controle (preservar a balança comercial favorável; evitar concorrência).
 
“no sentido de” → introduzir propósito da função colonial (complementar a metrópole).
 
Estação 3 – Representação Gráfica/Matemática (rotas e controle)
Criar mapa esquemático com retângulos (agentes: metrópole/colônia), triângulo (Atlântico: Europa–África–Américas) e setas rotuladas (manufaturados →; ← açúcar/metais; África → Américas: mão de obra escravizada).
Incluir caixas “Exclusivo/Monopólio” e “Tributos” ligadas à metrópole.
Alinhamento MAT: 7º ano D029_M Reconhecer figuras por transformações (rotação/reflexão/translação nas setas/triângulo); 8º ano D053_M Ler/produzir esquemas e gráficos; 7º ano D037_M Utilizar área de figuras bidimensionais (dimensionar e comparar áreas das formas no diagrama para hierarquia visual); 6º ano D048_M Utilizar porcentagem (opcional: rótulos com percentuais históricos se trabalhados em dados em outra aula, sem inventar números).
Resultados esperados para anotar:
Representar corretamente direções dos fluxos e funções: metrópole exportar manufaturados; colônia exportar gêneros/metal; metrópole impor exclusivo/tributos.
Diferenciar, por forma/cor/legenda, agentes, rotas e mecanismos de controle.
 
Título do esquema: “Sistema Colonial – Rotas e Controle”.
 
Legenda com formas/cores (retângulos = agentes; triângulo = circuito atlântico; setas = fluxos; caixas = mecanismos de controle).
 
Retângulos rotulados: “Metrópole (Europa)” e “Colônia (Américas/África/Ásia)”.
 
Triângulo marcando “Europa – África – Américas” (com indicação dos vértices) e setas sobre as arestas com rótulos de mercadorias/fluxos.
 
Caixas ligadas à metrópole: “Exclusivo/Monopólio” e “Tributos”, com setas voltadas para as rotas.
 
Direções de fluxo e rótulos (correção histórica básica)
Europa → Américas: “manufaturados” (exportar).
 
Américas → Europa: “açúcar, metais” (importar para a metrópole).
 
Europa → África: “manufaturados/armas/tecidos” (intercâmbio com entrepostos africanos).
 
África → Américas: “mão de obra escravizada” (tráfico transatlântico).
 
Diferenciações visuais exigidas (forma/cor/legenda)
Retângulos (agentes) de uma cor; triângulo (circuito) de outra cor; setas com cor padrão e rótulos legíveis.
 
Caixas de controle (Exclusivo/Monopólio; Tributos) destacadas com contorno/estilo diferente e conectadas à metrópole.
 
Registros matemáticos esperados (para alinhar descritores)
D029_M: indicar e nomear as transformações aplicadas às setas (ex.: “seta sul-norte = translação”; “seta espelhada = reflexão da rota oposta”; “triângulo rotacionado em 90° no rascunho”).
 
D037_M: comparar visualmente áreas (ex.: “retângulo METRÓPOLE maior que COLÔNIA para indicar hierarquia – justificar escolha de área”). Anotar: “A área maior representa maior controle/centralidade no sistema”.
 
D053_M: incluir um mini-quadro de leitura do próprio gráfico: “O que sai de onde? O que chega aonde? Que mecanismos controlam o fluxo?” com três bullets respondidos.
 
D048_M (opcional): espaço reservado para inserir percentuais reais em aula futura; anotar: “Inserir percentuais somente com dados oficiais; não estimar números”.
 
Material didático:
Texto: Seduc GO, NetEscola 7º ano, Terceiro Bimestre.
 
🔖ATIVIDADE AVALIATIVA🎒
Produzir síntese escrita (10–12 linhas) definindo sistema colonial, exclusivo e efeitos econômicos.
 
Entregar quadro “Fato x Opinião” com 3/3 itens justificados com trechos do texto.
 
Entregar mapa esquemático com legenda, rotas e mecanismos de controle.
 
Rubrica: compreensão conceitual; uso adequado de marcas linguísticas; clareza inferencial; correção do esquema.
 
🔖ATIVIDADE AVALIATIVA FLEXIBILIZADA🎒
1. Alunos com déficit intelectual que sabem ler
Ler versão simplificada com glossário; responder 6 itens de pareamento (termo → definição) e 3 itens de “assinalar evidência” no texto; montar mini-diagrama com 2 rotas e 1 mecanismo (exclusivo).
 
2. 🧠 Aluno com Síndrome de Down (não sabe ler nem escrever)
Sequência de imagens: ordenar cartões (metrópole → exportar manufaturados → exclusivo/monopólio → colônia → exportar açúcar/metais). Registrar escolhas por colagem/indicação; avaliação por observação guiada.
 
3. 🧑‍🦽 Aluno com paralisia cerebral (não lê, não escreve, nem se comunica efetivamente)
Explorar materiais táteis (formas geométricas para agentes/rotas). Registrar atenção, olhar e resposta motora a comandos simples (olhar para “metrópole” quando solicitado). Avaliar pela participação mediada e respostas não verbais.
 
4. 🌿 Aluno indígena xavante (idioma Akwẽ/Acuen)
Mediar termos-chave em Akwén com apoio bilíngue/recursos visuais; solicitar explicação oral/gestual do fluxo “metrópole → colônia → metrópole” usando cartões-figura; aceitar respostas em Akwén e registrar em áudio ou por intérprete.
 
MATERIAL:
Sistema Colonial
1. A conquista e exploração de colônias é um ponto essencial das ideias mercantilistas. A expressão clássica desse fato em nível ideológico é a teoria do pacto colonial, onde se trai a falsa suposição de que haveria de fato um pacto ou acordo tácito entre metrópoles e colônias. Na realidade, porém, a colônia existe em função e para a metrópole, estando suas relações definidas através do chamado ‘exclusivo colonial’. A produção das colônias só é válida na medida em que possibilite lucros elevados aos comerciantes metropolitanos, detentores do monopólio sobre o comércio de importação e de exportação das colônias.
2. A atividade econômica das colônias deve ser complementar e jamais concorrente em relação à das respectivas metrópoles. Afinal, as colônias têm um papel único a desempenhar, no sentido de garantir às suas metrópoles os meios de obterem uma balança comercial favorável nas trocas com outros países. Na prática, as colônias constituem uma espécie de território privilegiado, reservado, já que o exclusivo assegura ao comércio metropolitano a prática mercantil mais cara à ótica mercantilista: comprar pelo preço mais barato possível e vender pelo preço mais elevado que se pudesse conseguir.
3. Compreende-se, dessa forma, que sempre tenha sido um ponto de honra proibir o aparecimento de atividades manufatureiras nas colônias, pois não só fariam concorrência aos produtos vindos da metrópole, como desviariam recursos minerais e humanos daquelas atividades mais lucrativas do ponto de vista metropolitano. O próprio fluxo de imigrantes ou colonos para as colônias foi durante muito tempo limitado ou mesmo proibido, a fim de evitar o despovoamento da metrópole, entendido tal despovoamento como perda de homens e acima de tudo de forças produtivas...”.

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