Nossa aula foi:
7ºA,
7ºB,
Lógicas comerciais e mercantis da modernidade
(GO-EF07HI14-C) Compreender a forma de produção predominante na América Portuguesa e sua relação com o comércio triangular estabelecido entre Europa, África e América, seus objetivos, mercados e interesses.
Matriz de Habilidades Essenciais
Analisar a Expansão ultramarina, a exploração e o comércio entre europeus e povos indígenas originários.
As lógicas mercantis e o domínio europeu sobre os mares e o contraponto Oriental:
Mercantilismo: expansão e colonização da América, África e Oriente
Os objetivos da aula são:
Definir o conceito de Mercantilismo e identificar suas três características centrais: intervencionismo estatal, metalismo e colonialismo.
Analisar a relação de exploração entre metrópole e colônia dentro da lógica do Pacto Colonial.
Diferenciar o pensamento econômico mercantilista das primeiras críticas liberais apresentadas por Adam Smith.
Desenvolver a capacidade de análise textual, inferência de informações e distinção entre fato e opinião.
Iniciar a aula com uma pergunta disparadora para a turma
Um reino se tornava rico principalmente ao acumular a maior quantidade possível de metais preciosos, como ouro e prata. Para conseguir isso, eles adotavam algumas estratégias:
De acordo com as críticas apresentadas no final do texto (as ideias de Adam Smith), hoje entende-se que a riqueza de um país não vem apenas do acúmulo de ouro e prata. A verdadeira riqueza está na capacidade de produzir bens e serviços. Um país enriquece ao ter uma produção forte e ao participar do livre comércio com outras nações, permitindo a circulação de mercadorias sem as altas taxas protecionistas do passado.
Os grupos rotacionam pelas quatro estações, realizando as atividades propostas.
Tarefa de História: Ler os parágrafos 1 e 2 do texto e criar um mapa mental que responda: O que foi o mercantilismo? Quem se beneficiava da intervenção do Estado na economia e por quê?
Tema Central: MERCANTILISMO
Política econômica dos reinos absolutistas europeus.
Intervenção do Estado
Objetivo: Fortalecer e regular a economia do reino.
Principal Beneficiário: A Dinastia Real
Por quê? Porque fortalecia seu poder através das vitórias em conflitos.
Por quê? Porque também obtinha "grandes benefícios", o que a fazia aceitar o poder do rei.
Tarefa de História: Ler os parágrafos 3 e 4, focados em Metalismo. Explicar com as próprias palavras o que era o metalismo e a balança comercial favorável.
Explicação sobre Metalismo: Os alunos devem explicar que o metalismo era a ideia de que a riqueza e o poder de um reino eram medidos pela quantidade de metais preciosos (ouro e prata) que ele acumulava. O objetivo era manter esses metais dentro das fronteiras do país a todo custo.
Opinião: Os alunos devem identificar a frase "a riqueza de um país se media pela quantidade destes [metais preciosos] dentro de suas fronteiras" como uma opinião ou crença da época. O próprio texto usa o termo "se acreditava no período", indicando que não se trata de um fato universal, mas de uma visão específica daquele tempo.
Resolução do Problema:
Tarefa de História: Ler o parágrafo 5, sobre Colonialismo. Desenhar um esquema (fluxograma) que mostre a relação econômica entre a metrópole e a colônia, indicando o que cada uma fornecia e recebia.
Tarefa de História: Ler o parágrafo 6 e criar uma tabela comparando as ideias mercantilistas com as críticas do liberalismo de Adam Smith em relação à fonte de riqueza e ao papel do comércio.
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Característica |
Pensamento
Mercantilista |
Pensamento Liberal
(Adam Smith) |
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Fonte de Riqueza |
A riqueza é a quantidade de metais preciosos (ouro e
prata) acumulados no território. |
A riqueza está relacionada à produção de bens. |
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Papel do Comércio |
O comércio deve ser controlado pelo Estado, com altas
taxas alfandegárias (protecionismo) para garantir uma balança comercial
positiva. |
A atividade comercial deve ser livre, sem as restrições
do mercantilismo, para beneficiar a produção. |
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Validade da Teoria |
Acredita-se que acumular metais enriquece o reino. |
A ideia de que metais preciosos equivalem à riqueza é
falsa. |
A própria construção da tabela na tarefa de História atende a este descritor. Espera-se que o aluno seja capaz de extrair informações de um texto corrido e organizá-las de forma lógica e estruturada em colunas e linhas, permitindo uma comparação visual e direta entre dois sistemas de pensamento econômico. A habilidade avaliada é a capacidade de transformar dados textuais em uma representação gráfica (tabela) para análise.
Texto: Seduc GO, NetEscola 7º ano, Quarto Bimestre.
Solicitar aos alunos que respondam individualmente a um questionário com três questões:
Descrever com suas palavras as três principais características do mercantilismo.
1. Alunos com déficit intelectual que sabem ler
Oferecer uma atividade de múltipla escolha e associação com apoio visual.
Imagem de um rei dando ordens -> Intervenção do Estado
Mercantilismo
1. Este termo se refere à política econômica dos reinos europeus absolutistas. O mercantilismo tem três características centrais: intervenção do Estado, metalismo e colonialismo. Os principais nomes desta política são: Jean-Baptiste Colbert (1619 - 83), ministro das Finanças do rei Luís XIV (1638 - 1715), Thomas Mun (1571 - 1641), diretor da Companhia das Índias Orientais, e Antonio Serra (c. 1550 – c. 1600), economista e filósofo italiano.
3. Metalismo - Já o metalismo consistia em manter um equilíbrio favorável ao reino entre a saída e a entrada de metais preciosos. Uma vez que se acreditava no período que a riqueza de um país se media pela quantidade destes dentro de suas fronteiras, era preciso manter uma balança comercial positiva; para isto, era utilizado o protecionismo. Por meio de altas taxas alfandegárias, a mercadoria estrangeira acabava se tornando tão cara que era mais vantajoso adquirir um produto nacional.
4. O mercantilismo entendia que uma simples transferência de recursos: assim, o país que vendesse um produto enriqueceria, e o que comprasse empobrecia na mesma medida, sendo uma transação de soma Zero. Dentro dessa lógica, a única possibilidade de se aumentar o montante total da riqueza seria extraindo-a da terra na forma de metais preciosos. Um dos meios de acumular metais era procurar manter uma balança comercial favorável, ou seja, vender produtos muito mais caros e em maior quantidade do que aqueles que eram comprados de outros países.
5. Colonialismo - Por último, havia a fundamental necessidade de manter colônias – ou seja, explorar e dominar novas terras além da Europa. Embora o colonialismo tivesse se iniciado propriamente falando no final do século XV, com a descoberta das Américas pelo navegador genovês Cristóvão Colombo (1451 – 1506) e, depois, pelo fidalgo português Pedro Álvares Cabral (c. 1467 – c. 1520), ele apenas se tornaria uma política nacional dos reinos europeus no século XVII. A função das colônias era fornecer valiosos produtos para suas metrópoles, que seriam depois vendidas no mercado europeu. Por outro lado, as próprias colônias eram obrigadas a comprar as manufaturas da metrópole por preços elevados. Isso se dava devido ao fato que não existia concorrência graças ao monopólio estabelecido. Desta forma, o lucro ficava não com os produtores coloniais, mas sim com os comerciantes burgueses oriundos da metrópole. Em suma, O colonialismo consiste num sistema bipolar: o polo colonizador (a Metrópole) e o polo colonizado (a Colônia). As origens, as estruturas econômicas, sociais, políticas e ideológicas e o significado das formações coloniais são condicionados pelos interesses e ações de suas Metrópoles.
6. No século seguinte, o mercantilismo já começaria a ser criticado pela teoria política do liberalismo, embora só fosse ficar realmente obsoleto como prática econômica no século seguinte. Segundo o filósofo e economista britânico Adam Smith (1723 – 90), a identificação entre a quantidade dos metais preciosos dentro do território e riqueza era simplesmente falsa. Na verdade, as altas taxas alfandegárias pensadas para manter a balança comercial positiva não trazia mais dinheiro para o reino; de fato, apesar de toda a opulência do reinado de décadas do Rei Sol, a França estaria mais pobre quando Colbert faleceu. Segundo a linha econômica liberal, a atividade comercial deveria ser livre independentemente do território, uma vez que a riqueza não era equivalente ao acúmulo das reservas monetárias, mas sim relacionada com a produção de bens – que se beneficiaria da livre circulação econômica abominada pelo mercantilismo.
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